Aquisição de ônibus visando BRT é ‘desperdiçar dinheiro’, critica vereador

Anunciada recentemente pelo Governo Municipal, através de publicação no Diário
Oficial, uma licitação para aquisição de veículos para o BRT causa preocupação
na Câmara. “Fiquei surpreso. Será que o prefeito (Colbert Martins Filho) não
percebe que isso, além de ser um imbróglio, significa desperdiçar o dinheiro do
município em uma obra que já nasceu errada?”, questionou o vereador Emerson
Minho (DC), em pronunciamento hoje na Casa da Cidadania. Da forma como está
funcionando atualmente, ele critica, o sistema tem gerado confusão, “como
se vê nos  pontos de parada de embarque e desembarque e quanto ao início e
fim da faixa exclusiva para ônibus”.

Conforme o vereador, o BRT de Feira, que “disputa vaga com moto, carroça e
carro”, sai da avenida Nóide Cerqueira e usa os dois lados das vias (esquerdo e
direito) deixando condutores e transeuntes com dúvida sobre o trajeto e paradas
na parte do Mercado de Arte Popular e proximidade da Clínica São Mateus. Não se
sabe, segundo descreve, “se a preferência do ônibus é na lateral do MAP ou
no outro lado”.

Emerson rebateu, ainda, a decisão do prefeito de suspender a Expofeira deste
ano, por falta de recursos. “Justamente quando os barraqueiros já estavam
preparados para comercializar na festa, a Prefeitura fala que não realizará
devido a dificuldade financeira. Então a gente tem que sentar com o prefeito e
até trazer ele aqui para explicar como está a saúde financeira da Prefeitura.
Afinal, não tem dinheiro e quer comprar ônibus para o BRT, que é um transporte
falido da nossa cidade?”, observou.

Foto: Jorge Magalhães

Ele também acredita que a Prefeitura está na iminência de não realizar as obras
de revitalização do Parque de Exposições João Martins, palco da Expofeira,
exigência contratual para a implantação, ali, de um polo do Senar (Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural) – parte do terreno do parque foi doado pela
Prefeitura ao órgão, com esta finalidade.  Conclui que “não tem
lógica” o discurso do prefeito, uma vez que, “se não há dinheiro, vão
sair de onde os recursos para cumprir este investimento?”.