A Câmara Municipal de Feira de Santana aprovou, em votação única e por unanimidade dos presentes, na manhã desta terça-feira (05), uma Moção de Repúdio à Rede Globo, por conta de um debate sobre o aborto, exibido, recentemente, na novela Bom Sucesso.
Para o vereador Edvaldo Lima (PP), que apresentou a referida Moção, as emissoras deveriam observar na sua programação as cautelas necessárias às peculiaridades do público infantojuvenil. “A portaria que regulamenta a classificação indicativa da programação da TV aberta brasileira estabelece que o horário das O6 às 20 horas está na faixa de proteção infantojuvenil. Por essa razão, as emissoras devem apresentar somente programas de fins educativos, artísticos, culturais ou informativos”.
O edil informou que, na cena exibida da novela, uma personagem grávida se mostrou confusa sobre o que fazer em relação à gestação. “Pensando bem, ainda não é um bebê. É só um embrião. Não tem sistema nervoso, não tem coração, não é nenhum humano ainda”, disse a intérprete. “Eu não sou a favor do aborto, ninguém é. Mas sou a favor do direito de decidir sobre o meu corpo, sobre a minha vida”, completou a personagem.
Edvaldo disse que o debate sobre o aborto continuou em outra cena, quando a personagem Nana encontrou seu ex-marido, Jorginho (Daniel Warren), e falou sobre o fato de ser ilegal praticar o aborto no Brasil. “Aqui é ilegal, mas todo mundo conhece alguém que já fez. Quem tem dinheiro, consegue fazer um aborto seguro. Quem não tem condições, pode até morrer ou ser presa. Sou privilegiada, eu sei, mas eu não queria estar passando por isso”, desabafou.
De acordo com o vereador, as falas da personagem motivaram críticas nas redes sociais, com o desígnio de a emissora ter feito apologia ao aborto. “Por todas essas razões é que venho demonstrar, em nome das famílias tradicionais e cristãs do nosso município, do nosso estado e da nossa nação, meu repúdio a cenas exibidas pela Rede Globo de Televisão, que estimulam de maneira acintosa ao Aborto e buscam destruir conceitos éticos, morais e religiosos das famílias brasileiras e da sociedade”, justificou o pepista.
Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.