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Câmara faz visita de surpresa a unidades municipais de saúde e constata denúncias de precariedade
12 de abril de 2023

Do plenário para os bairros, uma comissão da Câmara de Feira de Santana visitou de surpresa, na manhã de hoje, a policlínica e ao PSF do Feira X e também ao Centro de Saúde do Viveiros, para apurar denúncias da comunidade, de precariedade no atendimento e estrutura dessas unidades.  A proposta partiu do vereador Luiz da Feira (Avante), membro da Comissão de Saúde da Casa, acatada pela presidente do Legislativo, Eremita Mota (PSDB). Ao retornar ao plenário, o grupo anunciou ter constatado a ausência de médicos, por conta de atraso salarial, falta de medicamentos e condições gerais inadequada desses locais. 

 

A visita começou pela Policlínica de Feira X. Recebidos por uma representante do IMAPS, instituto responsável pela contratação de servidores para a unidade saúde, eles não obtiveram ali dados precisos ou mesmo a identificação da informante, que não se identificou. A vereadora Lu de Ronny, que é enfermeira e tem experiência em gestão na saúde, questionou as quantidades de medicamentos, que segundo avaliou são insuficientes para o funcionamento e fluxo do local. 

 

Os vereadores pediram para ver a situação da farmácia, mas o acesso não foi liberado. Eles também conversaram com alguns pacientes. O PSF-2 do Feira X, que recebe cerca de 40 pacientes por dia, estava vazia, pois não havia médicos no local. Os salários dos colaboradores estão atrasados. Já no Centro de Saúde Dr. José Luciano Vital, no bairro Viveiros, funcionários relataram que existem medicamentos, porém ficaram receosos de falar sobre o atraso de salário. Na unidade, o problema maior é a questão estrutural e de manutenção do equipamento, como salas pequenas e aparelhos de ar condicionado quebrados. 

 

“A visita foi de grande valia, os pacientes pediram ajuda, porque realmente está faltando medicamentos”, avaliou Lu de Ronny, destacando que a comissão não teve acesso às informações solicitadas. Pedro Cícero, por sua vez, citou o impedimento do acesso deles à farmácia e atestou o nervosismo das pessoas que os atenderam, o que, em sua opinião, indica a veracidade das denúncias. Para Luiz da Feira, essa é a função do vereador. “Nossa saúde está em colapso e nosso papel é fiscalizar”, afirmou. 

 

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