Câmara precisa cobrar da Prefeitura prestação de contas dos precatórios do FUNDEF
18 de maio de 2022
“A Câmara de Vereadores precisa urgentemente chamar o governo municipal para prestar contas dos precatórios do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), pois tem R$248 milhões recebidos desde 2018 e vão chegar agora mais R$300 milhões”. A afirmação é da presidente do Sindicato da APLB Feira, Marlede Oliveira, em discurso na tribuna livre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (18).
De acordo com Marlede, a APLB procurou, de todas as formas, resolver o impasse que a classe dos professores está vivendo hoje, com o descaso do governo. “Quero dizer, em nome de todos, muito emocionada, que tem professores que ainda não receberam o salário de março, muito menos as 20 horas trabalhadas em abril. Como é que trabalha sem receber?”, questionou.
Disse que se a categoria parar de trabalhar por falta de pagamento do salário, sofrem com o corte da verba; se fizerem manifestação, cortam também. “Colbert virou perseguidor da nossa categoria”, frisou. E lembrou que tudo começou em 2020 com a pandemia do coronavírus, quando o prefeito disse que ia cortar o salário dele e do secretariado para conseguir pagar o que devia à categoria.
“Mas não foi isso que aconteceu. Depois que as crianças passaram um ano sem frequentar as escolas, em 2021 as aulas voltaram, no mês de abril, contudo a Prefeitura começou a realizar o pagamento do salário dos professores de forma parcelada, e não integral. E isso virou rotina até hoje”, salientou.
Ainda segundo Marlede, a secretária de educação, Anaci Paim, também não consegue resolver esse problema. “As escolas começaram o ano letivo em março deste ano sem merenda, sem carteira, sem professor, sem reforma, mas dizem que tudo é culpa da APLB. Fui na Secretaria de Educação ontem e não tem previsão de pagamento do salário nem de resolução dos impasses”.