Uma Central Municipal de Libras e uma escola bilíngue foram reivindicadas hoje (28), na Câmara, pela Associação de Surdos de Feira de Santana. As propostas foram apresentadas pela presidente da entidade, Elaine Figueiredo, que foi convidada a se pronunciar na Tribuna Livre da Casa sobre as demandas deste público, em razão da celebração do Dia Nacional do Surdo, transcorrido dia 26 deste mês. Com interpretação em Libras/Português de Clebson Silva, Elaine Figueiredo falou sobre a “luta incessante por direitos” e pediu aos vereadores o empenho por mais projetos de lei beneficiando o segmento.
“A prefeitura deve ofertar cursos de Libras e promover a conscientização das pessoas para que respeitem nosso idioma”, destacou Elaine. Segundo a dirigente, a Central de Libras existente em Feira de Santana é estadual, sendo preciso uma outra oferecida pelo Município. Ela observou que, nesta cidade, reuniões consideradas importantes para a sociedade não tem a presença de intérprete. Há carência do serviço também na rede pública de ensino, razão pela qual a associação vê a necessidade de uma uma escola bilingue: “Nossas crianças surdas não tem oportunidade para o aprendizado correto. É preciso haver um olhar entendendo a importância desses cidadãos de se comunicar”.
O apelo sensibilizou a presidente da Casa Legislativa, Eremita Mota (PSDB). Ela anunciou que apresentará emenda para o Orçamento de 2024 destinando recursos para a construção de uma escola bilíngue em Feira de Santana. “Nós fizemos esse pedido, mas o Governo Municipal não nos atendeu”. Ela informou que foi solicitado ao Ministério Público a viabilização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para contratação de mais um intérprete de Libras para a Câmara. De acordo com a presidente, havia dois profissionais concursados na Casa, mas um pediu demissão.
O vereador Professor Ivamberg (PT) também se manifestou favorável à luta dos surdos e atestou a falta apoio do poder público local ao intérprete, bem como para viabilizar a implantação de uma central municipal. “Muito se fala sobre inclusão, mas pouco se faz. O número (de profissionais intérpretes) é insuficiente para a quantidade de surdos que vivem em Feira de Santana”, disse o vereador, ao defender uma discussão mais ampla da questão no Legislativo.
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