Clandestinidade das vans da Cootafalg precisa ser coibida pela Prefeitura; feirense morreu no último sábado em acidente envolvendo um dos veículos da cooperativa
13 de dezembro de 2022
A Prefeitura de Feira de Santana precisa coibir a atuação das vans que fazem parte da Cooperativa de Transportes Alternativos de Passageiros da Bahia (Cootafalg). A afirmação é do vereador Emerson Minho (DC), que discursou sobre o assunto na tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira (13). O parlamentar lamentou a morte de Karine Cordeiro da Silva, 33 anos, moradora do bairro Rua Nova, na manhã do último sábado (10), em um acidente envolvendo uma van que faz parte da cooperativa.
O acidente aconteceu na Avenida de Canal, próximo ao Terminal de Transbordo Central da cidade e, conforme matéria veiculada pelo site Acorda Cidade, o condutor evadiu-se do local. Ainda segundo populares, havia garrafas de cerveja dentro do carro. Na matéria consta também uma entrevista concedida pelo secretário de Transporte e Trânsito, Saulo Figueiredo, que relembrou que o município está impossibilitado de fiscalizar a cooperativa, como também apreender os veículos.
O vereador Emerson Minho pontuou que tanto os vereadores quanto o prefeito têm culpa pela situação, assim como o Ministério Público Estadual. “Só quem não tem culpa é a senhora Karine, que perdeu a sua vida. Essa cooperativa se esconde em uma determinação que afirma que não é possível remover os carros de circulação. Só que a Prefeitura tem, sim, como fazer uma intervenção junto com a Polícia Militar porque, se o nosso carro estiver com o pneu careca ou se estivermos sem cinto, nosso veículo é apreendido”, disse.
Ainda conforme o parlamentar, os motoristas das vans da Cootafalg não têm cadastro para transitar com os veículos. “Se não conseguirem coibir, que pelo menos fiscalizem os veículos que integram a cooperativa, porque esse transporte clandestino é uma bomba para a nossa cidade”, salientou.
Vale salientar que na entrevista concedida ao Acorda Cidade, o secretário Saulo Figueiredo disse que os condutores das vans trafegam utilizando uma liminar afirmando que a lei de fiscalização é ilegal, e que a Cootfalg chegou ao município em setembro de 2019, através de uma decisão judicial. Ainda, o secretário frisa que, no último levantamento realizado pela SMTT, havia, tinha aproximadamente, 150 vans em circulação, mas por conta dessas limitações impostas pelas autoridades competentes, o município não tem mais um controle sobre isso.