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Concorrentes querem anular seleção para Reda em escolas municipais
11 de outubro de 2023

O processo seletivo de Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), promovido pela Prefeitura de Feira de Santana recentemente, para preencher vagas na Rede Municipal de Ensino deve ser anulado. Este foi o tom do pronunciamento de três professores que usaram, hoje (11), a Tribuna Livre da Câmara.  Representando os que se inscreveram na disputa de vagas, Adriana Oliveira pediu o apoio dos vereadores para o cancelamento. O ideal, segundo ela, é que o Município promova, com uma outra banca, uma nova prova.

Também concorrendo a uma das 80 vagas previstas no edital do certame, a pedagoga Marcela Cruz reclama que a banca “MS Concursos Ltda” requer a  qualificação dos candidatos inscritos, mas “não demonstrou ser preparada para gerir o processo seletivo. Considerando as diversas falhas já denunciadas ao Executivo feirense, à imprensa e à própria Câmara, ela pede uma resposta da Prefeitura: “Um concurso que trata de algo tão fundamental para a sociedade, que é a educação, deve ser feito com clareza e transparência”.

Professora da Rede Municipal de Ensino e membro da APLB Sindicato-Feira, Laizza Carvalho sugeriu que a Comissão de Educação da Câmara analise a prova, junto a um especialista da área, para verificar as questões aplicadas. “Muitas  foram dúbias, de internet e pedindo a complementação de pensamentos, coisas que são absurdas”. Ela observa que, além dos prejuízos para os inscritos, os problemas envolvendo o último REDA ainda atrasam a contratação de profissionais que poderiam suprir o déficit de professores nas escolas municipais. Carência esta que desde o ano passado “leva algumas unidades escolares a reduzirem os dias letivos”.

CANDIDATO NÃO COMPARECEU, MAS OBTEVE PONTUAÇÃO

O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), trouxe à tona o caso de um candidato, ausente na prova do REDA que “curiosamente obteve pontuação”. Ele disse que, apesar da gravidade dos problemas envolvendo todo o processo seletivo, como a homologação do resultado,   “não houve nenhuma explicação pública da Prefeitura e da MS Concursos Ltda”. Sem retorno da Secretaria de Educação após busca por contato, o vereador diz que fará uma nova tentativa. Caso não obtenha resposta,  afirma que irá protocolar, na Câmara, um requerimento solicitando informações.

Líder da base governista na Casa da Cidadania, o vereador José Carneiro (MDB) diz que, até então, não recebeu “informações ou qualquer justificativa para dar à imprensa e aos vereadores”. Caso Jhonatas Monteiro protocole o requerimento pedindo o esclarecimento das questões pontuadas na Câmara, ele afirma que será favorável e também assinará a proposta.

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