Prevista para iniciar os trabalhos na próxima semana, a CPI do Shopping Popular deverá seguir os passos de uma outra realizada nesta legislatura, a da Saúde, que resultou no afastamento de secretários e em processo judicial. Esta é a expectativa do vereador Professor Ivamberg (PT), que falou na sessão de hoje (10) sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito criada por iniciativa de 11 vereadores. O objetivo da nova investigação é apurar denúncias de irregularidades no contrato entre a Prefeitura e o consórcio responsável pela construção e gestão do equipamento, que abriga centenas de camelôs anteriormente instalados no centro da cidade.
O colegiado, composto pelos vereadores Jhonatas Monteiro (PSOL), Silvio Dias (PT) e Luiz da Feira (Avante), fará na próxima semana, dia 16, uma reunião pública, no plenário da Câmara, para apresentar o plano de trabalho e sua linha inicial de investigação. Ivamberg, que fez parte da CPI da Saúde – a Comissão funcionou na Casa da Cidadania até 2 de junho de 2022, quando encerrou as atividades apresentando o relatório final – acredita que o “caso Shopping Popular” possa desencadear ações investigativas semelhantes as que ocorreram na anterior, como a operação “No Service”, da Polícia Federal, que resultou em afastamento de dois secretários municipais em agosto do mesmo ano.
Ele lembra que, por determinação judicial, perderam os cargos à época, os titulares da Secretaria e Governo, Denilton Pereira de Brito, e o da pasta da Saúde, Marcelo Brito: “Isso aconteceu, porque a CPI da Saúde desenvolveu um trabalho coeso e sério. Provamos que estas comissões podem, sim, produzir bons resultados”.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
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