Defesa da “blitz do IPVA”, por oficial da PM, causa reação de vereadores  

Uma defesa à “blitz do IPVA”, por um subtenente da Polícia Militar em redes sociais, causou reações, hoje (26), na Câmara Municipal. A manifestação do oficial ocorreu em vídeo nas redes sociais. Ele criticou vereadores que, diante da insatisfação popular, não concordam com as operações feitas no Município, focadas em condutores com atraso no pagamento do IPVA. José Carneiro (UB), disse que, por ter sido um dos primeiros a abordar o assunto na Casa da Cidadania, se sentiu ofendido com a fala do militar. Ele considera negativo que as operações estejam voltadas apenas a “detectar veículo com o pagamento do imposto em atraso”.

Para o experiente vereador, a sociedade quer saber o que foi encontrado até agora: “Será que, além de documentos atrasados, conseguiram apreender veículos e motos com suspeitas de estarem com drogas? Há estatística destas apreensões?”. Em vez do “foco em multa”, blitzes educativas deveriam ser feitas, propõe, visando “conscientizar a população e garantir a efetividade da segurança pública”.

Considerando “lamentável” a atitude do policial, Lulinha da Gente (UB) disse que a cobrança feita na Câmara foi para que não se fizesse blitz só para olhar documento de carro e moto, apreendendo patrimônio de pais de família, “em razão de dois ou três dias de IPVA atrasado”. Além disso, acrescenta, é feito em horário de pico, entre 17h e 18h”. No entanto, acredita Lulinha, o esforço dos vereadores está surtindo efeito, “pois não temos visto mais estas operações”.

O vereador Jurandy Carvalho (PSDB) pontuou que vê diferença em operações semelhantes, mas feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Vemos constantemente a PRF atuando em blitz. E sabemos que fazem a inspeção nos veículos. Já a PM só verifica o documento, e não faz esta verificação nos carros”.

Foto: Acorda Cidade