Calçadas esburacadas, vias estreitas e com mato, obstáculos no meio das ruas e falta de fiscalização do direito de ir e vir pelo poder público. Estes problemas são enfrentados, cotidianamente, pelos deficientes visuais feirenses, conforme registrou na Tribuna Livre da Câmara, esta quinta (22), o representante deste segmento, José Osmar Carvalho Moreira. Ele cobrou tanto a atenção das autoridades às demandas da categoria, quanto respeito e conscientização da sociedade. “Para nós, a mobilidade urbana aqui em Feira é uma vergonha. E mesmo quem possui algum outro tipo de deficiência, também sofre”, disse, lembrando que pessoas com necessidades especiais fizeram uma manifestação na cidade, no dia de ontem.
Residente no Conjunto Homero Figueiredo, no bairro Gabriela, José Osmar citou problemas enfrentados em diversos locais. Na avenida Getúlio Vargas, falta uma pista ampla para o deficiente andar, o que ocorre também nos passeios construídos recentemente pela Prefeitura, nas ruas Marechal Deodoro e Conselheiro Franco. “Ficaram no mesmo nível da via, a largura é estreita. Muitas vezes, temos que contar com a ajuda dos funcionários das lojas comerciais”, criticou. Ainda, na Marechal, a presença de barracas e carrinhos de mão na calçada aumenta o nível de dificuldade.
A gestão municipal, ele defende, deveria colocar fiscais para “orientar a população sobre nosso direito”. Semana passada, relatou, precisou informar a um cidadão que a pista se destina a uso do deficiente visual. Andar de cadeira de rodas, acrescentou José Osmar, é outro sufoco para quem tem deficiência em Feira. As rampas são impróprias para os cadeirantes: “Sugiro aos senhores que peguem uma bengala, vedem os olhos e tentem andar pela cidade. Façam um teste para verificar in loco a situação”.
Se tentar usar o sistema de transporte do município para se locomover, o deficiente também encontra problemas. É que, alertou José Osmar, além dos elevadores dos ônibus estarem todos quebrados, as pessoas sentam na cadeira reservada para os deficientes sem qualquer pudor. “Passo a maior dificuldade, pois não tenho moto. Uso o coletivo”, frisou. O Poder Legislativo, reivindicou, deve se atentar para as demandas dos deficientes e pessoas com síndrome de down.
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