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Devido atraso de salários na saúde, Câmara pode requisitar da Prefeitura os comprovantes de repasse às empresas
9 de julho de 2024

Em meio a contínuas reclamações de falta de pagamento a servidores terceirizados da saúde municipal, a Prefeitura de Feira de Santana pode ser instada a encaminhar, ao Poder Legislativo, os extratos bancários que comprovem a efetivação dos repasses financeiros às empresas contratadas. A advertência é do vereador Professor Ivamberg (PT) que durante pronunciamento nesta terça-feira (9), na Tribuna Maria Quitéria, voltou a reclamar do atraso de dois meses de salários em relação a funcionários da UPA do bairro da Queimadinha. Um requerimento, que deve ser protocolado pelo petista nos próximos dias, deverá pôr fim à dúvida quanto à realização do pagamento ou não pelo Município.

“Temos que saber quem está mentindo nesta história, se é o Governo Municipal ou as empresas terceirizadas. Portanto, vamos dar entrada no pedido, a fim de que o prefeito mande os extratos das transferências bancárias”, frisou. Segundo Ivamberg, além dos servidores estarem fazendo protesto, há indicativo de paralisação de atendimentos na unidade da Queimadinha. “Sem insumos, salários e medicamentos, a saúde em Feira está relegada a ultimo plano. E quem está sofrendo são os funcionários e as pessoas que ficam sem atendimento nas UPA’s e policlínicas”, observou, criticando propaganda sobre construção de hospital municipal com apenas 12 leitos.

“Por que, ao invés de estarem falando em equipamento que não terá serviço de urgência e emergência, não procuram investir na melhoria das unidades de saúde e no correto pagamento dos salários dos trabalhadores?”, questionou. Para Ivamberg, a falta de recursos não é problema no Município, já que, do orçamento estimado num total de R$ 2 bilhões, a saúde ficou com R$ 645 milhões. Conforme suspeita levantada pelo vereador, a situação pode estar relacionada à ocorrência de irregularidades na área. “Vimos em gestões passadas e com a operação “Pytiocampa (Ministério Público da Bahia, em 2016)”, onde pessoas foram presas, usaram tornozeleiras eletrônicas e soube-se até de orgias com vinhos de mil reais”, lembrou.

Profissional da área de enfermagem, a vereadora Lu de Ronny (PV) prestou solidariedade aos colegas de profissão e reclamou da gestão municipal, por não esboçar qualquer posicionamento, mesmo diante de protestos da categoria. “Cadê a secretária de saúde do Município? Parece até que não existe, pois não se manifesta e nem dá pelo menos uma satisfação aos funcionários”, disse, relatando grande preocupação com o caso, já que recebeu diversos telefonemas, no último sábado (6), de pessoas chorando em razão das dificuldades vividas devido a falta do salário.

E as empresas contratadas, observou Lu de Ronny, também erram quando não explicam o que está ocorrendo. “Elas nem sequer entraram em contato com a unidade para dizer alguma coisa, durante o movimento feito na Queimadinha. Será que vão ficar omissas, sem se posicionar em relação ao que está acontecendo?”, indagou. Pedro Américo (Cidadania) concorda que há a necessidade de uma resposta “clara e objetiva” sobre a questão dos repasses às prestadoras de serviço. “A secretária e o prefeito precisam dizer se pagaram ou não. E explicar o porquê. O que não se pode aceitar é que, por realizar uma livre manifestação cobrando os seus direitos, os servidores sejam ameaçados”, advertiu.

 

Foto: Ney Silva

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