Em meio à pandemia, compra de R$ 11 milhões em combustível, pela Prefeitura, é “brincadeira com a população”
30 de junho de 2021
A licitação com a finalidade de adquirir mais de R$ 11 milhões em combustíveis para a frota de veículos da Prefeitura de Feira de Santana é “brincadeira com a população”, afirma o vereador Paulão do Caldeirão (PSC). Em meio à crise sanitária e humanitária causada pela pandemia da Covid-19, o parlamentar considera alto o valor para a compra de gasolina e diesel a ser utilizado pelo Executivo no período entre 2021 e 2022. Na sessão ordinária desta terça-feira (29), Paulão solicitou que o prefeito Colbert Martins revogue o procedimento para tal aquisição. “Analise enquanto há tempo e cancele esta licitação porque a Câmera está de olho, a imprensa está de olho e o povo está de olho”.
Na licitação de R$ 11.526.100,00 que estava prevista para ontem (28), a Prefeitura também determinava a quantidade de combustível a ser distribuído entre as secretarias municipais. Segundo as informações do vereador, somente a pasta da Administração deve receber cerca de 400 mil litros de gasolina e diesel. O valor e a quantidade são altos, na opinião do presidente do Legislativo, vereador Fernando Torres (PSD). Ele informa que a Câmara Municipal investe, mensalmente, cerca de R$ 7 mil em combustíveis para seus veículos. Empresário, Fernando calcula que a Prefeitura pretende utilizar cerca de 150 mil litros por mês, quantidade que corresponde à “venda mensal de um posto”.
“Isso é falta de administração”, diz o presidente ao defender que a Câmara investigue a licitação. “Cabe uma investigação da Casa, porque é o nosso papel. Se o prefeito gosta ou não, é problema dele, mas é um absurdo o abastecimento da Prefeitura de Feira de Santana ser equivalente à venda de um posto de combustível”.