A prevenção contra incêndios no centro de Feira de Santana é alvo de um requerimento aprovado hoje (1), pela Câmara. De autoria do vereador Correia Zezito (Patriota), o documento pede informações à Embasa sobre o “nível de eficácia” da rede de hidrantes urbanos de incêndio instalados na região mais movimentada da cidade, com seus milhares de prédios comerciais. Hidrantes estão entre os principais equipamentos no combate a sinistros. Consistem em uma tubulação de ferro ligada diretamente à rede de distribuição de água, fornecendo o suprimento suficiente para abastecer as viaturas utilizadas durante o combate às chamas.
O vereador e policial militar questiona se a rede de hidrantes no centro da cidade atende a legislação em vigor e suas normas técnicas e justifica a preocupação: “a metrópole feirense tem em seu comércio uma grande concentração de estabelecimentos com venda de produtos diversificados e risco de incêndios em nível médio e alto”. Relembrou incêndios que ocorreram em Feira de Santana, no período de 2012 a 2023, responsáveis por grandes prejuízos financeiros para o Município, “quer seja pelos danos estruturais causados, quer seja pela perda das mercadorias e de empregos”. Um dos casos, ele disse, registrado recentemente e de grandes proporções, atingiu empresas situadas na avenida de Contorno.
A resposta da Embasa deverá ter dados específicos sobre o centro comercial mas também à cidade como um todo, na medida em que o requerimento pede informações sobre a quantidade atual de hidrantes no município; a localização e as condições de funcionamento de cada um; se existe planejamento para aumentar o número desses equipamentos preventivos. A empresa de abastecimento de água deve responder, ainda, quanto à manutenção – se está sendo realizada -, seja quanto a estrutura, seja quando a pressão da água.
O autor do requerimento disse que a Embasa precisa prestar estes esclarecimentos e, caso a empresa não esteja cumprindo o que determinam as normas, “é preciso que órgãos fiscalizadores atuem no sentido de determinarem o pagamento de multas”. O vereador adverte para a necessidade da observação das medidas legais de proteção e combate a incêndios, “criadas visando resguardar a vida das pessoas, bem como a preservação do patrimônio perante sinistros”.
O vereador e líder do governo municipal na Casa, José Carneiro (MDB), lembrou que um projeto de lei de sua autoria, aprovado na Câmara em 2003, sancionado pela administração municipal, determinou que a Embasa instalasse “quantos hidrantes fossem necessários na cidade”. A quantidade foi determinada pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil após estudos de viabilidade realizados no Município. A demanda seria, à época, de 40 unidades. “Mas estamos falando de 20 anos atrás. Atualmente essa quantidade já está bastante defasada”, pontuou. Ele conclui que a Embasa provavelmente está descumprindo as normas existentes, sendo importante a ação dos órgãos fiscalizadores.
Foto: Jorge Magalhães
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