A devolução pelo Estado, ao Município, da gestão do Terminal Rodoviário de Feira de Santana, pode ser uma solução para a crise em que se encontra o equipamento, conforme defendeu esta semana, na Câmara, o vereador Edvaldo Lima (UB). “Inviável”, como se encontra, segundo ele, devido a limitação de espaço do local, continua sendo motivo de transtornos para os usuários do transporte público, motoristas e população em geral. Por muitos anos atuante do sistema, dirigindo ônibus, ele disse, em seu discurso esta semana na Câmara que o tema não tem merecido a atenção do Governo do Estado.
“Diante da falta de iniciativa das autoridades estaduais, mesmo após os constantes apelos dos feirenses pela construção de uma rodoviária em outra localidade, creio que a solução seja transferir para a Prefeitura Municipal a fim de que esta realize a transferência de lugar”, sugeriu. “Se não tem condições de construir, que devolva para o Município fazer”, reiterou.
Edvaldo Lima alertou que, além de estar passando por desconforto, os usuários que viajam em ônibus de dois ou três andares, podem estar correndo risco de sofrer acidente. É que, segundo ele, estes passageiros estão ficando na pista para aguardar o momento de embarque, uma vez que veículos de grande porte não conseguem entrar na rodoviária.
“Quando o ônibus vem, é um ‘Deus nos acuda!’ Todos ficam amontoados na via, devido as condições obsoletas do terminal rodoviário”, relatou. Esta situação seria diferente, por exemplo, em Vitória da Conquista, onde a Estação Rodoviária “é de alto nível”. Salvador também, “beneficiada por uma terceira obra”. Ele convidou os colegas do Legislativo a verificarem de perto a situação local.
“Os senhores precisam ver o que a população está passando para usar o transporte público ali. A maioria dos ônibus vai até o pátio e precisa sair de ré”, disse. Ao acusar os últimos gestores estaduais, incluindo Jerônimo Rodrigues (atual governador), de fechar os olhos para o assunto, Edvaldo Lima apontou que a questão interfere tanto no desenvolvimento do Município, quanto na relação com as cidades do entorno.
Pessoas de São Gonçalo dos Campos, Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe e Santo Estevão, por exemplo, pegam transporte para outros estados do Brasil, em Feira. “É uma vergonha. Parece que querem nossa terra, sem avanço na economia e geração de emprego”, criticou, lembrando que, ao sugerir a mudança de local da rodoviária, indicou também o uso das atuais instalações para abrigar as vans do transporte alternativo.
De opinião semelhante, vereador Eli Ribeiro (Republicanos), concordou na urgência em retirar a rodoviária do centro de Feira. “Isso deve acontecer realmente, porque é um verdadeiro caos ali. E não podemos esquecer do aeroporto, o puxadinho, que também é uma vergonha”, frisou.
Foto: Mário sepúlveda
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