Falta de seringa para vacinar contra a Covid é questionada na Câmara: sem planejamento

A falta de planejamento para a execução do Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19 em Feira de Santana foi criticada pelo vereador Paulão do Caldeirão (PSC), que elencou uma série de problemas, desde as condições dos espaços onde são aplicadas a vacina à suspensão do serviço por falta de seringa. “A locomotiva está desgovernada, a cidade está sem controle”, disse o vereador.

Um dos questionamentos feitos por Paulão foi sobre o acompanhamento da quantidade de vacinas e de materiais necessários à vacinação. “Não poderiam ter visto antes de acabar as seringas? Como explicar?”, indagou, dizendo não entender a naturalidade com que o secretário de Saúde, Marcelo Brito, e o prefeito Colbert Martins disseram que não tinha seringa.

Segundo o vereador Paulão do Caldeirão, a Comissão de Combate à Covid da Câmara Municipal solicitou audiência ao prefeito exatamente para entender a logística do Plano Municipal de Vacinação, mas até o momento não foi marcada. “Os médicos estão sem receber, o Hospital de Campanha vai fecha. A Câmara precisa tomar uma posição”, disse. 

“Estão mais preocupados com brigas políticas do que com as questões da saúde”, afirmou Paulão, ressaltando que se as vacinas foram disponibilizadas é porque tem as seringas. “Meu repúdio a essa situação”, disse, ressaltando que enquanto isso as pessoas dormem nas filas em busca da vacina e os casos de Covid aumentam cada vez mais.

Em aparte, o vereador Silvio Dias (PT) disse que o discurso da Prefeitura é “para mascarar a ineficiência e a incompetência” e sinalizou que Salvador é a terceira pior cidade em recebimento de vacina e a primeira em vacinação. Ele sugeriu à Câmara convidar o diretor do Núcleo Regional de Saúde para explicar a logística de distribuição da vacina em Feira de Santana.