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Honrarias representam ‘reconhecimento aos que educam’, diz Tecla Mello
28 de setembro de 2023

Um reconhecimento à importância da educação e “valorização aos que educam”, é como define a professora Tecla Dias de Oliveira Mello a homenagem que lhe foi prestada ontem (28) pela Câmara de Feira de Santana. Ela foi condecorada com a mais elevada insígnia do Legislativo, a Comenda Maria Quitéria, e também com o título de Cidadã Feirense, por iniciativa do vereador Luiz Augusto de Jesus (UB), o Lulinha. Em emocionado discurso,  apresentou um resumo histórico da profissão, das mais antigas da humanidade. E fez  forte  defesa da classe docente: “compartilho (as honrarias) com todos e todas que exercem essa vocação”.

A nova cidadã feirense, homenageada na mesma noite em que seu esposo, Josué Mello, igualmente foi laureado com a Comenda Maria Quitéria, disse que nenhuma civilização se constituiu sem a participação do professor, “alicerce na formação das sociedades humanas,  base de todas as outras profissões e de transformação social”. Sergipana de Simão Dias, desde 1965 vivendo em Feira de Santana, observa que a evolução tecnológica em curso, denominada Educação 4.0, envolverá bem mais intensamente a figura do professor, que será “cada vez mais necessário e fundamental, e nunca desaparecerá”.

Experiente pedagoga, com formação também em Letras,  detentora de mestrado, longa atuação como diretora e coordenadora em estabelecimentos de ensino públicos e privados, Tecla disse que a missão (de educar) é “bela e poética”. Assim, define o professor como “arquiteto, escultor, pintor, ator, pastor, mágico, maestro, cantor, líder e desbravador, disciplinado e apaixonado”, que jamais pode se contentar em “ser tão somente um transmissor de saber, propagador de ideias, avaliador de provas, controlador de frequências, dominador de cronogramas”.

Segundo  preconiza Rubem  Alves, ela diz, o educador deve agir “como o artista que cria a sua arte, intérprete e criador de mundos, mediador de esperanças, construtor de sonhos indispensáveis à construção da comunidade cidadã”. Exercício de “imortalidade”, assinala Tecla Mello, ser professor impõe que, de alguma forma, “continuemos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra”. O encerramento de seu discurso registrou a célebre frase de Malala, jovem paquistanesa Nobel da Paz: “uma criança, um professor, um livro e um lápis podem mudar o mundo. Educação é a solução!”.

A sessão solene foi prestigiada por várias personalidades, a exemplo do secretário de Transportes, Sérgio Carneiro, representando o ex-governador João Durval;  Claudefranklin Monteiro e Patrícia Monteiro, professores da Universidade Federal de Sergipe;  Jacson Machado Nunes, diretor do CETENS/UFRB;  professor César Oliveira, da UEFS; professores Marcly Amorim Pizzani e Cristiano Lobo,  representando a  Unex (ex-FTC); Adauto Franco, vice-presidente do Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED);  ex-prefeito José Raimundo Azevedo, vice-presidente da Academia de Educação;   ex-vice-prefeitos  Luciano Ribeiro e Paulo Aquino; professora Ana Rita Neves, ex-secretária de Educação, e ex-prefeito da cidade e o vereador Petrônio Lima.

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