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Isaías volta a tratar sobre assédio sexual envolvendo o procurador do Município
17 de junho de 2020

No uso da tribuna, na sessão ordinária desta quarta-feira (17), na Casa da Cidadania, o vereador Isaías de Diogo (MDB) voltou a tratar sobre a denúncia de assédio sexual envolvendo o procurador do Município Ícaro Ivvin e uma servidora da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

“Eu não queria entrar neste assunto, mas estou sendo obrigado. Que saudade do saudoso Ronny Miranda, pois quando algum secretário ou diretor falava da Câmara, Ronny entrava em defesa da Casa, dos vereadores, até porque isso aqui funciona por causa dos edis.  Todos sabem do que está acontecendo em relação a Ícaro e ontem fui surpreendido por uma entrevista concedida por ele à Rádio, onde justificou que o que está acontecendo é uma perseguição política de Isaías de Diogo”, pontuou Isaías. 

E continuou. “Quero falar para todos que não mandei o procurador fazer sexo dentro de uma secretaria e não fui eu quem confessou.  Eu trouxe a denúncia à Casa porque fui procurado pela vítima. Quero dizer  a Ícaro que não tenho nada contra ele, até votei nele para o cargo que hoje ocupa, mas se ele tem dificuldade de falar a verdade, não tenho culpa. A palavra de Deus vai te convencer de falar a verdade; assuma a verdade, os erros que cometeu na Secretaria. Se respeite, procure seu lugar como procurador  e não diga que é uma perseguição política minha. Não use seu erro, seu pecado para me atingir”, disparou. 

Isaías reforçou o retorno do assunto à Casa. “Trouxe esse assunto de volta porque a Comissão de Direitos Humanos da Casa tinha que dá uma resposta à comunidade. Quem confessou na Delegacia não fui eu, foi você. Não coloquei palavras em sua boca, infelizmente esta Casa é omissa em não lhe penalizar. Se quisesse cometer erros ou certos, que fosse para sua casa ou um motel, mas não dentro de uma repartição pública. Não coloque a culpa em mim. Você mentiu para o prefeito, para esta Casa, para todos. Se respeite. Quis justificar seu erro com argumento de perseguição política”, avaliou. 

Em aparte, a vereadora Gerusa Sampaio (DEM) informou que dará entrada em um requerimento, onde solicita uma reunião entre os envolvidos na denúncia. “Eu, como mulher e membro da Comissão de Direitos Humanos da Casa, estarei dando entrada em um requerimento onde solicito uma reunião com a Comissão, o procurado e a servidora. Medidas devem ser adotadas por esta Casa e pelo prefeito, que também está aguardando uma posição da Comissão. Vamos usar dos instrumentos cabíveis, mas peço ao vereador Isaías que mantenhamos a classe. Sabemos que a sociedade, e com certeza as mulheres, querem um retorno”, observou. 

Também em aparte, o oposicionista Roberto Tourinho (PSB) ressaltou que, apenas o prefeito tem legitimidade para encaminhar à Câmara  um pedido de destituição do procurador de seu cargo. “Não me sinto à vontade em tratar deste assunto diante de tantas dificuldades que estamos encontrando na cidade. A Câmara não pode e não deve assumir uma responsabilidade que é do prefeito. A lei só prever afastamento do procurador em mensagem enviada à Câmara pelo prefeito, chegando a esta Casa a maioria vota ou não pela destituição do procurador”, reforçou. 

E continuou criticando o prefeito pela inércia em relação ao caso. “O prefeito se calou, fez cara de paisagem, não deu nenhuma entrevista sobre o assunto até agora. Entendo que a Comissão queira ouvir os envolvidos, é um direito, porém  não tem competência para decidir este assunto. Estamos falando do procurador, que na ordem hierárquica, é uma das maiores autoridades do Município. Lamentável este fato. Enquanto não chegar na Casa uma mensagem do prefeito solicitando um afastamento, os vereadores vão ficar fazendo discursos. O prefeito se comporta como criança que o ‘gato comeu a língua’ e faz de conta que nada aconteceu”, concluiu. 

Para finalizar, Isaías voltou a dizer que levou o assunto novamente ao debate na Câmara por conta da entrevista que o procurador concedeu. “Não vou aceitar que tenha esse comportamento para com minha pessoa”, findou.

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