Lei Orgânica prevê também nutricionista, além de assistente social e psicólogo em creches
7 de dezembro de 2021
A Lei Orgânica de Feira de Santana trata da presença de psicólogos, assistentes sociais e também de nutricionistas nas creches da Prefeitura, lembra o vereador Pedro Américo (DEM). A observação foi feita em discurso durante a audiência pública realizada pela Câmara, nesta segunda (16), para tratar da inserção das duas primeiras especialidades nas escolas da rede municipal. A medida é prevista em lei federal mas não cumprida no Município.
“Propositalmente ou não, os agentes públicos não concederam esse direito aos cidadãos”, diz o vereador. Ele é autor, junto com os colegas Professor Jhonatas (PSOL) e Eremita Mota (PSDB), de um projeto que reforça essa obrigatoriedade. Entende que a proposta em tramitação na Casa torna anda mais objetiva a necessidade. Também professor por formação, ele vê um “atraso grande” na implantação dos serviços, mas acredita em “vencer esta batalha”, dialogar e acompanhar a aplicação do benefício por parte do Executivo.
SÍLVIO DIAS: DIAGNÓSTICO DE PEOBLEMAS GRAVES
Presente à audiência pública, o vereador Sílvio Dias (PT) defende a presença de assistentes sociais e psicólogos nas escolas por acreditar que o acompanhamento dos alunos e também de toda a comunidade, nessas unidades, permitirá o diagnóstico de graves problemas e o encaminhamento das demandas para tratamento clínico. “É imprescindível. As famílias encontram-se completamente vulneráveis”. Presentes, os profissionais” identificam e auxiliam as outras organizações a dar os passos necessários para tratar aqueles que precisam”, opina.
MARLEDE: ALUNA TEVE A MÃE ASSASSINADA PELO PRÓPRIO MARIDO
A dirigente da APLB, Marlede Oliveira, diz que sempre percebeu a necessidade dos profissionais de psicologia e assistência social nas escolas. Com 31 anos de profissão, ela iniciou no Colégio Estadual em 1980. Lembra-se que pediu a uma aluna para comparecer com a mãe na unidade. “Ela me disse que não precisava de bilhete, pois a mãe dela havia sido assassinada pelo próprio marido”, relata. A sindicalista diz que o professor desconhece o que acontece com crianças e adolescentes nas escolas. “Coordenador não é psicólogo. Cada profissional em sua área”, alerta. Acredita ser difícil ter um profissional de cada área em todas as mais de 200 escolas da rede municipal, em um cenário em que faltam mais de 400 professores.