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Mulher feirante: Sindicato entrega documento ao presidente da Câmara
10 de março de 2025

Pronunciamentos emocionados, reivindicações, agradecimentos e, até, gritos de revolução, permearam a sessão solene realizada hoje (10), pela Câmara Municipal, para reverenciar a mulher feirante desta cidade. O evento, iniciativa do vereador Silvio Dias (PT), lotou a galeria e o plenário da Casa da Cidadania, com representantes de classes, autoridades e dezenas de mulheres que trabalham nas feiras livres – 20 delas foram homenageadas.

Em nome do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Lucivânia Gomes apresentou um documento endereçado ao presidente da Casa, Marcos Lima (União Brasil), solicitando intermediação, junto ao Poder Executivo, para atendimento de reivindicações para a zona rural. Dentre os pedidos, recuperação de lagoas, construção de poços artesianos e cisternas e assistência técnica especializada, zoneamento socioambiental, entre outros.

“Agricultura familiar, as mãos que alimentam a nação”, gritou Adriana Lima Nascimento de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ao defender mais espaço para as mulheres feirantes e atenção do poder público para o meio rural “que está envenenado por agrotóxico”, conforme frisou. O dia da Mulher não é para comemorar, é um dia de luta e resistência”, definiu.

Sem conter as lágrimas, Edneide Ribeiro Santos, presidente da Associação dos Trabalhadoras da Feira da Marechal Deodoro, falou de opressão, ao citar casos de agressões físicas e verbais sofridas pelas feirantes, que segundo ela não têm poder de fala. “Não somos respeitadas”, sintetizou. A força feminina na agricultura familiar foi ressaltada também por Fabíola Godrim, coordenadora do Inema, que representou o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Sodré. “Não podemos esquecer que Feira de Santana nasceu de uma feira livre”, afirmou.

“Quando ocupamos espaço público estamos dizendo que, mesmo invisibilizadas, fazemos parte da história. A feira é a transmissão do poder ancestral, transmissão de conhecimento e por isso nosso grito incomoda”, afirmou a historiadora Larissa Santana, representante do deputado federal Zé Neto.

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