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No Dia do Orgulho LGBTQIA+, entidade usa Tribuna para cobrar atuação da polícia em casos de crimes de homofobia e transfobia
28 de junho de 2023

A Polícia em Feira de Santana precisa ser mais firme na atuação dos casos que envolvem crimes de homofobia e transfobia.  A cobrança foi feita hoje (28) na Tribuna Livre da Câmara pela presidente da União de Transgêneros de Feira de Santana (Trasfêmea),  Kelly Alves, que esteve a convite do mandato do vereador Professor Ivamberg (PT), na Casa Legislativa, por ocasião do Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado internacionalmente nesta data. Em seu pronunciamento, advertiu que o problema não é a falta de legislação punindo atitudes homofóbicas, mas quem faça cumprir os dispositivos existentes.   

“Já está na lei que é um crime inafiançável. Mas aqui no Município, é preciso fazer que essa lei funcione na prática e avance”, disse. Esta luta, diz a dirigente, “vem de muito tempo e agora a justiça está nos valorizando devido a um contexto sofrido, de anos. Mas, Feira tem que fazer valer a determinação que estabelece homofobia e transfobia como crimes”. 

Também em pronunciamento na Tribuna Livre, o médico Carlos da Costa Lino disse que esta é uma questão relacionada com os direitos humanos e a dignidade das pessoas. Ele conclamou os integrantes do Legislativo a unirem forças na luta pelo combate à discriminação de raça, etnia, classe social, etarismo, gênero, homofobia e transfobia. “No período da Roma Antiga, dignidade era para a nobreza e para quem tinha dinheiro, hoje é para todos os 7 bilhões de seres humanos. São prerrogativas das pessoas viverem da forma que elas escolheram e se isso não impede a sua felicidade, está tudo certo. Este é o pacto social”.

Segundo Costa Lino, membro do Instituto Florescer, o principal motivo de sua presença na Casa da Cidadania seria para  reivindicar “políticas públicas dignas” para uma população que “precisa de atenção e cuidado, jamais de ofensas”. 

ORIGEM DA DATA COMEMORATIVA

O Dia do Orgulho LGBTQIA+ faz referência a um movimento que ocorreu em Nova York, em 28 de junho de 1969, e ficou conhecido como a “revolta de Stonewall”. A polícia pela terceira vez na semana invadiu um bar chamado “Stonewall Inn”, ponto de encontro de homossexuais, agredindo violentamente travestis e drag queens. O fato gerou uma reação do público que saiu em protesto nas ruas, demonstrando ter orgulho de quem eram. Nos anos seguintes, o protesto foi repetido em diversas cidades do país, culminando no ano de 1970 na primeira Marcha do Orgulho Gay, que se espalhou pelo mundo. 

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