O trânsito de Feira de Santana é um cancro social, resultado da falta de gestão do setor. A avaliação é de Bruno Sobral, advogado e especialista em Direito do Trânsito, que na manhã desta quinta-feira (3) usou a Tribuna Livre da Câmara Municipal, para falar sobre o sistema de videomonitoramento instalado recentemente na cidade. A fiscalização eletrônica, segundo ele, não visa a segurança, mas a emissão de multas.
“O número de multas emitidas é exponencial”, afirmou o advogado, destacando que a fiscalização eletrônica chega em um momento que o setor está estrangulado. Bruno Sobral lembrou que a Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) foi criada em 1994, com a previsão de colocar 120 agentes nas ruas e hoje tem apenas 90. “A sociedade é que paga o preço dos descalabros da gestão municipal”, enfatizou.
Destacando que as informações têm caráter técnico, sem nenhum viés político, Sobral lamentou que um dos maiores entroncamentos rodoviários do Norte e Nordeste tenha um gestor no órgão de trânsito sem qualquer formação na área. Ele citou ainda o não cumprimento, por parte do município, do que estabelece a legislação, principalmente quanto à divulgação dos valores arrecadados com multas.
O advogado, que foi à Casa da Cidadania por iniciativa do vereador Pedro Cícero (Cidadania) também cobrou a criação da Escola Municipal de Trânsito e justificou que o seu objetivo é esclarecer a população sobre o sistema, em nome do bem maior, que é a segurança no trânsito. Ele frisou que o próprio município é infrator contumaz, quando não cumpre a lei. Após a explanação, se pronunciaram os vereadores Paulão do Caldeirão (PSL), Eremita (PSDB), Luiz da Feira (PROS).
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