Moradores da rua Artur Neiva, no bairro São João, estão apreensivos com a instalação de uma antena de telefonia celular da operadora Vivo, em meio às residências da via pública. O receio da comunidade, com problemas de radiação a partir do equipamento, foi manifestado hoje (17), na Tribuna Livre da Câmara Municipal, por Rafaela Barbosa Maria, representante dos moradores da localidade.
Segundo ela, apesar de já ter sido embargada pela Prefeitura Municipal, a obra de instalação do equipamento continua sendo executada pela empresa responsável. “Não tem documento de ‘Habite-se’ e nem alvará de construção. O estudo de impacto, conforme prevê o PDDU [Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano], sequer foi apresentado à nossa comunidade para esclarecer sobre os efeitos positivos e negativos”, reclamou.
Ainda que não se saiba se a médio ou longo prazo, afirmou Rafaela Maria, vários estudos, em âmbito nacional e internacional, garantem que estas antenas afetam o ser humano. Ela suspeita que a flexibilização de uma lei municipal esteja permitindo que empresas oriundas de Minas Gerais façam este tipo de instalação tão próxima às residências, em Feira de Santana. “Não queremos impedir o crescimento do Município. Mas é preciso ter cuidado quanto aos riscos para a população”, cobrou.
Em nome dos moradores, Rafaela sugeriu que os vereadores verifiquem “in loco” a situação. Além de ter sido instalada a aproximadamente dois metros de distância das casas do bairro, acrescentou ela, a comunidade desconfia que o equipamento está com leve inclinação, o que tem aumentado a preocupação em crianças, idosos e pessoas que estão em processo de tratamento de câncer. “Em razão disto, fizemos abaixo-assinado com mais de 100 assinaturas e entregamos nas mãos da secretária de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Kátia Petillo.
Após esta medida, ela assinala, foi dado entrada em denúncia no Ministério Público Federal contra a Anatel. A Sedur procedeu o embargo, o que não foi cumprido pela empresa. “Para nós, é coisa estranha ver uma obra sendo erguida a céu aberto, e mesmo estando embargada pela Prefeitura, os funcionários continuarem trabalhando”, criticou. O desejo dos moradores da comunidade, conforme Rafaela, é que seja enviada uma fiscalização com urgência ao local. “Já que não existe autorização para continuar o serviço, pedimos que os fiscais façam o lacre da obra, hoje mesmo”, solicitou.
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