Vários postos de saúde de responsabilidade da
Prefeitura de Feira de Santana estão com o atendimento ao público comprometido,
segundo reclamaram hoje (11), na sessão da Câmara, vários vereadores. Eles estão
fundamentados em relatos que ouvem de cidadãos, mas também de sua própria
observação em visita às comunidades. Enfermeira de formação, a vereadora Lu de
Ronny (MDB) disse que uma dessas unidades que se encontram com os serviços
suspensos é o PSF (Saúde da Família) do bairro Jussara. Ela reclamou que enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem ainda não receberam o novo piso e se
encontram com salário atrasado há dois meses, o que ocorre também com
médicos e outros profissionais que atuam para o Município. Vales transporte e
refeição não são repassados. Segundo Lu, enfermeiros planejam realizar uma
mobilização nos próximos dias.
Em Bonfim de Feira, conforme o vereador Luiz da
Feira (Avante), além de não haver médico, o PSF local está sem insumos
essenciais. Ausência de profissionais também acontece em unidades dos bairros
Pedra do Descanso e Novo Horizonte, segundo ele. “É tudo muito
estranho”, diz, uma vez que a saúde dispõe de recursos. O vereador Jurandy
Carvalho (PL) comentou que esteve participando de reunião de moradores no distrito
de Jaíba e ouviu relatos sobre problemas no posto de saúde da localidade.
“Falta tudo nas unidades de saúde: soro, material odontológico, gazes e
outros. Está na hora de mudar a gestão da saúde pública em Feira”, cobrou.
Para Jhonatas Monteiro (PSOL), o que está errado é
o modelo de contratação de pessoal para a saúde em Feira, servindo como
“cabide de emprego”. Terceirizadas e cooperativas, recomenda,
deveriam ser substituídas por servidores efetivos. Assim, seriam assegurados e
resguardados os direitos trabalhistas. Integrante da bancada governista na
Câmara, o vereador Lulinha destacou que tanto o prefeito Colbert quanto a
secretária Municipal de Saúde, garantem que já foi efetuado o repasse à empresa
Imaps e outras, visando o pagamento de salários. Ele acredita que as empresas
podem estar usando o dinheiro para cobrir outras despesas, ao invés de quitar
salários.
Sobre o assunto, Professor Ivamberg (PT) sugeriu
que a Câmara elabore um requerimento solicitando os comprovantes dos pagamentos
feitos pela Prefeitura às empresas terceirizadas, que alegam não haver
recebido: “Assim, iremos saber quem está mentindo”. O petista relatou que, domingo
passado, esteve na policlínica do distrito de Humildes e ouviu um médico dizer
que só atenderia urgência e emergência, em razão de estar há três meses sem
receber o salário. “Um absurdo, pois o Município tem orçamento de R$ 600
milhões para a saúde. Onde está sendo aplicado este dinheiro?” questiona.
Foto: Google Fotos
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