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Querer organizar o centro da cidade é diferente de expulsar as pessoas de lá, salienta vereador sobre situação da Marechal Deodoro
28 de abril de 2021

Os feirantes e camelôs que trabalham na rua Marechal Deodoro têm sido alvo de perseguição por parte da Prefeitura Municipal devido à realocação deles para outro local. A declaração é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que discursou sobre o assunto hoje (28) na Câmara. Para o parlamentar, a situação é muito grave e as obras do projeto Novo Centro não são benéficas para estes trabalhadores informais.  
 
“As obras do projeto Novo Centro não resistem nem a chuvas mais fortes, como vimos recentemente. Querer organizar o centro é diferente de expulsar as pessoas. Essas coisas não precisam caminhar juntas. Se for feita uma pesquisa entre a população para perguntar se as pessoas querem a ampliação das ruas centrais, a votação é unânime, porque todo mundo quer. Porém, se perguntar sobre a concordância ou não a respeito da expulsão dos trabalhadores, eles são contra”, disse. 
 
Conforme Jhonatas, as pessoas que trabalham na rua Marechal Deodoro já tentaram agendar várias reuniões com o prefeito Colbert Martins Filho, mas não conseguiram. “Já passaram por várias secretarias, como a da Prevenção à Violência e a de Agricultura, e também já fizeram manifestações na porta do Paço Municipal, todas sem êxito. Eles também já se apresentaram de diversas maneiras na frente da Prefeitura, mas só dão de cara com o guarda municipal na porta”. 
 
JHONATAS: “NENHUMA SITUAÇÃO VAI SE RESOLVER SEM DIÁLOGO E SEM ALTERNATIVA” 
 
O vereador do PSOL acredita que nenhuma situação referente ao centro da cidade vai se resolver sem diálogo e sem que uma alternativa seja oferecida. Disse, inclusive, que apresentou na Câmara uma indicação para que haja recadastramento, padronização e ordenamento da infraestrutura do espaço da Marechal Deodoro, “sem considerar a disposição de resistência das pessoas”.  
 
Jhonatas pontuou: “O governo não deve acreditar que vai passar por cima das pessoas, e que vai ficar por isso mesmo. E deve cumprir o que foi prometido ontem: que não haverá agressão com as pessoas, e que será confirmado o agendamento da tão esperada reunião”. O vereador destacou a importância da Marechal Deodoro para o município feirense, “que vai além do sustento e da garantia da sobrevivência por parte dos feirantes e camelôs”.  
 
Para Jhonatas, o comércio na Marechal tem um impacto positivo na vida de inúmeros feirenses, especialmente se forem levadas em consideração as pessoas do campo que cuidam do plantio para venderem os alimentos naquela área. O vereador Luiz da Feira (PROS) salientou que existem camelôs que trabalham naquela rua há mais de 20, 30 anos, e que eles dependem do que vendem para conseguirem dinheiro para sustentarem seus familiares.  
 
SILVIO DIAS: “COMERCIANTES DO FEIRAGUAI SÃO O PRÓXIMO ALVO” 
 
Em relação à resistência dos feirantes e camelôs quanto à realocação, Silvio Dias (PT) disse que espera que esta seja “o marco inicial” em relação às mudanças no centro de Feira de Santana. Disse também que acredita ser importante a participação e o apoio de outros comerciantes da cidade. Acredita que haverá resultados se todos se juntarem ao pessoal da rua Marechal Deodoro, a exemplo do pessoal do Feiraguai, “que são o próximo alvo”.  
 

 

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