RETRATOS DE FEIRA (191 ANOS) Princesa do Sertão e outras denominações: personalidades identificaram Feira de várias formas  

Segunda maior cidade do Estado da Bahia, referência no comércio e um dos entroncamentos rodoviários mais importantes do país, Feira de Santana também é destaque por acolher e encantar seus visitantes. Isto ficou demonstrado, por exemplo, em diversos epítetos [palavra, adjetivo, expressão ou apelido, associado a um nome para qualificá-lo ou realçar sua significação] criados por famosos que a visitaram ao longo de sua história. A lembrança deste tema é da professora Lélia Vitor, feita durante sessão especial que comemorou a Emancipação Política do Município, nesta quarta-feira (18). A historiadora explicou que, apesar de ser mais conhecida popularmente a expressão “Princesa do Sertão”, atribuída à cidade pelo poeta e jurista, Rui Barbosa, há muitos outros apelidos carinhosos pelos quais esta cidade também é conhecida.

“Cidade Porta Áurea da Bahia”, foi a denominação dada pelo historiador Pedro Calmon. Já o padre Ovídio Boaventura (atuante na formação de jovens feirenses), chamou-a de “Cidade Escola”. Para Jânio Quadros, presidente do Brasil, a classificação ideal seria “Cidade Progresso”.
Proclamada nos versos da poetisa Georgina de Melo Erisman, autora do Hino Municipal, Feira é sempre a “Terra, formosa e bendita”. Na verdade, uma “Nova York Nordestina”, conforme a ótica de Jailton Batista, ex-gestor da pasta de Cultura do Município.

Seguindo a lista citada pela professora Lélia, ainda tem a frase criada pelo poeta Eurico Alves Boaventura, que disse “Feira de Santana, minha Cidade Adolescente”. Já Joaquim dos Remédios Monteiro [primeiro médico residente a clinicar no Município], ao visitar a cidade pela primeira vez, assim se expressou: “Que cidade alegre, bonita, assentada numa vasta planície, a formosa e campesina cidade de Feira de Santana. Alegre como o sol que dura”. De sua própria autoria, Lélia Vítor descreve Feira em poema como “cidade sem muros. De entradas e saídas abertas por todos os lados. Cidade-coração que acolhe filhos sem destinos”.

Foto: Ed Santos