Relator da CPI da Saúde comemora ação da PF em Feira de Santana: “não deu em pizza”
4 de agosto de 2022
“Quem prensava que a CPI da Saúde ia dar em pizza, a resposta veio em um carro preto da Polícia Federal”. Assim o vereador Professor Ivamberg (PT), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou os contratos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde, comemorou a chegada da Operação No Service, da Polícia Federal, em Feira de Santana. Na manhã desta quinta-feira (4), agentes da PF cumpriram, ao todo, sete mandados de busca e apreensão.
Em Feira de Santana, os mandados foram cumpridos na Secretaria Municipal de Saúde, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha no Paço Municipal e em um hotel da cidade, onde foi encontrado também dinheiro em espécie. A ação da Polícia Federal, que acontece simultaneamente em Salvador e São Paulo, provocou o afastamento dos secretários municipais de Saúde, Marcello Britto, e de Governo, Denilton Brito.
Professor Ivamberg lembrou que uma das denúncias que constam do relatório da CPI é o contrato com a Organização Social para consultoria (gestão compartilhada) na UPA da Queimadinha, mas não houve a prestação de serviços prevista, com suspeita de superfaturamento nos valores cobrados. “De onde saiu esse dinheiro?, questionou o vereador Ivamberg, lembrando que a CPI chegou a ser classificada como “palhaçada”.
“Quem rouba e desvia dinheiro público tem que pagar na cadeia”, defendeu o vereador Pedro Cícero (Republicanos), membro da CPI, ao avaliar o trabalho realizado pela comissão. Ele lembrou que em alguns momentos houve deboche por parte dos depoentes, “mas agora o povo sabe quem são os culpados”. Pedro Cícero parabenizou a atuação da Polícia Federal, bem como dos profissionais de comunicação que deram cobertura à operação. “A Câmara não é mais ‘puxadinho da Prefeitura”, frisou.