FECHAR
Licitações Contratos Convênios Leis Decretos Portarias Relatórios da Responsabilidade Fiscal Estrutura Organizacional Folha de Pessoal
Rio Jacuípe: secretário propõe audiência com Governo do Estado e “ações imediatas” do poder municipal
24 de fevereiro de 2025

Uma audiência com o Governo do Estado, deveria ser solicitada pela Câmara de Feira de Santana, para “traçar uma proposta, envolvendo outros municípios”, envolvendo ações pelo fim da poluição ambiental no Rio Jacuípe. A sugestão foi apresentada pelo secretário de Serviços Públicos de Feira de Santana, Justiniano França, durante Sessão Especial realizada hoje (24), na Casa da Cidadania, para debater os problemas deste manancial.

O evento foi uma iniciativa do vereador Jurandy Carvalho (PL), que contou com a presença de diversas autoridades e dirigentes de entidades de classes com interesse no tema. Justiniano considerou o tema “importante e preocupante” e propôs estabelecer, em nível de poder público municipal, ações imediatas. “É preciso agir rápido para que a situação não se agrave ainda mais para futuras gerações” advertiu o secretário.

O ambientalista João Dias, representante da secretária municipal de Meio Ambiente, que definiu Feira de Santana como “a cidade do equívoco”, já que a sua origem está nos Olhos D’Água, mas “faltam cuidados não somente com o Rio e os riachos, mas também com as lagoas”. Ele cobrou fiscalização e fez um desabafo: “Não chamem os riachos de canais”, citando o Beira Riacho (Centro de Abastecimento) e finalizou: até os hospitais jogam o esgoto no rio Jacuípe.

A voz dos pescadores se fez ouvir com a participação de Lidiane Amorim, presidente da Associação de Pescadores e Agricultores do distrito João Durval. “Sempre que falamos da poluição, somos prejudicados na comercialização de nossas mercadorias. Não somos ouvidos. Pedimos socorro, não apenas ajuda. Necessitamos do olhar das autoridades”, afirmou. A advogada da entidade, Cristine Emily, lamentou que a situação se arraste por tanto tempo e frisou que uma esfera de governo joga para outra, enquanto o problema permanece.

Por meio de vídeos sobre a degradação do meio ambiente em Feira de Santana e região, Jairo Martins, presidente da Colônia de pescadores 271, do município de Riachão do Jacuípe, representando o prefeito Carlos Mota, falou de indústrias clandestinas, “que usam a água do rio e devolvem contaminada” e também unidades hospitalares, “que deságuam tudo no rio”. A defesa do meio ambiente foi feita também por Pedro Paulo Ferreira, da Reserva Ecológica Buriti, que recitou um cordel sugerindo um abraço na Lagoa do Subaé.

Para o vereador Ismael Bastos (PL), que dividiu a condução dos trabalhos com o presidente da Casa, Marcos Lima (União Brasil), o que deve ser feito é uma fiscalização dura. “Não é problema de um só, mas de todos e preservar o rio não é um favor, mas uma obrigação. O rio está morrendo e com ele morre a nossa história, nossa identidade”, destacou. O vereador Pastor Valdemir, que já foi remador, disse que os descartes irregulares são cada vez mais maiores e que o maior problema é a permissividade.

Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.