Se o governo acredita que vai intimidar a Câmara, se engana, afirma vereador
14 de abril de 2022
“A situação da Escola Santo Inácio, alegando que foi um mero acidente, é uma tentativa de tirar o braço da seringa como prática de costume do governo municipal”. A afirmação é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal nesta semana. De acordo com o parlamentar, se o governo municipal acredita que vai intimidar a independência da Câmara Municipal e o seu papel de fiscalização, se engana.
“Um reparo dessa natureza, que foi feito durante o momento em que as aulas estavam acontecendo e as crianças estavam dentro das escolas, deveria ter ocorridoem finais de semana e feriados, ou durante a própria pandemia, pois não estavam acontecendo aulas. Por que o prefeito Colbert Martins Filho não tomou providências e cuidou das escolas durante o período da pandemia, mesmo tendo recursos abundantes? Só do ponto de vista dos precatórios do FUNDEB, o município recebeu, desde 2018, cerca de R$250 milhões. Aí agora a questão que aconteceu com a Escola Santo Inácio foi acidente”, disse.
“Quantos e quantos professores foram obrigados a voltar para a sala de aula sem que as suas questões fossem escutadas e resolvidas? Quantas e quantas escolas tem vivenciado a mesma problemática? Eu recebo inúmeras reclamações de escolas, e duas delas, inclusive, estão sem previsão de retorno”, pontuou.
O vereador se refere à Escola Municipal Professora Eli Queiroz Oliveira, onde falta fardamento, professor em pelo menos seis turmas, faltam kits pedagógicos e auxiliares pra educação especial. Na Escola Municipal João Marinho de Lima, de acordo com o vereador, está da mesma forma: há risco de desabamento do forro, descolamento dos azulejos, falta de funcionários na portaria. “Há uma situação generalizada de abandono na rede municipal de ensino”, criticou.