Oriundos de uma “casa clandestina”,
desativada em ação que contou com a participação do Ministério Público da
Bahia, sete pessoas se encontram em tratamento no Hospital Psiquiátrico Lopes
Rodrigues (HELR) na condição de “residentes”. Eram nove, quando o grupo
de 63 indivíduos foi resgatado do local onde se encontravam, vivendo em
condições sub-humanas, segundo relatou hoje (9), durante sessão especial na
Câmara, a diretora da unidade, Iraci Leite. Foram recebidos por terem sido
considerados pacientes em crise, “mas estamos trabalhando na saída deles”,
afirmou.
A sessão foi iniciativa do vereador Sílvio Dias
(PT) para celebrar o Dia Mundial da Saúde Mental, cuja data comemorativa
transcorre nesta terça-feira. Durante o evento, em que foi palestrante, a dirigente
do HELR defendeu a instalação de Residências Terapêuticas como significativo
avanço neste segmento da saúde pública. O objetivo delas é recolher pacientes
morando em hospitais psiquiátricos e de custódia. Segundo a gestora, hoje, no
Lopes, considera que “a gente chegou a ‘vaga zero’, em relação àquilo que
foi proposto como meta em 2013”.
Autor da sessão especial, o vereador Silvio Dias
(PT), afirmou que o objetivo da sessão especial, mais que celebrar uma data,
foi convidar a sociedade “a uma atitude reflexiva e de defesa da saúde
mental, enquanto direito humano fundamental”. Mesmo tendo se passado
tantos anos da criação desta data, acrescentou, ainda se convive com tabus,
preconceitos, discriminação e marginalização das pessoas acometidas com problemas
como depressão e outros distúrbios psíquicos.
Em sua avaliação, diante de uma sociedade
“cada vez mais fragilizada”, o que teria sido acentuado pelos efeitos
da pandemia do Covid 19, violência urbana e pressão social, se faz necessário
fortalecer a assistência e a prevenção à saúde mental como preservação da vida
e garantia do direito de viver. Para o vereador, quem trabalha nessa área
tem “um algo mais”, pois se exige cuidado, prontidão e amor ainda maiores para
desenvolver suas funções: “Por isso, vocês merecem nossos aplausos, respeito e
todas as homenagens”.
Foram homenageados com entrega de certificados os
seguintes profissionais, escolhidos pelas próprias entidades representativas do
setor: Iraci Leite da Silva, Elivaldo Alves Morais, Francisca Alcântara
(trabalho junto a pacientes do Lopes Rodrigues), Monique Portugal (pelo
trabalho junto a Apae), Gizelle Lopes (trabalho com pacientes do Lopes),
Leedyan Nascimento (trabalho na Apae), Anselmo Ferreira (trabalho no Lopes),
Raquel de Almeida (trabalho na Apae).
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