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Unidades de saúde da Prefeitura se recusam a aplicar medicação em pacientes
18 de junho de 2024

Pessoas que  fazem uso da medicação conhecida como “noriporum” estão tendo problemas para fazer o tratamento, na rede municipal de saúde, devido a dificuldade para conseguir a aplicação do remédio nas unidades. A reclamação de um desses pacientes chegou ao conhecimento do vereador Professor Ivamberg (PT) que, em pronunciamento na Câmara, nesta terça-feira (18), acusou a gestão do prefeito Colbert Martins de “descaso”. Ele entende que há risco de os pacientes passarem mal ao fazerem autoaplicação em suas residências.

“É um absurdo, o paciente ter que escolher entre aplicar a medicação por conta própria, podendo passar mal e sofrer as consequências, ou morrer porque a secretaria não faz o procedimento”, criticou Ivamberg. O problema, conforme explicou o parlamentar, ocorre mesmo após a emissão de uma circular assinada pela responsável da Atenção Básica Municipal e distribuída em abril último pela Secretaria de Saúde, garantindo que as 133 unidades e 17 estratégias de atenção primária estariam devidamente capacitadas para oferecer o serviço. Uma senhora que teve indicação de uso do “noripurum”, relatou Professor Ivamberg, reclamou por não estar conseguindo tomar a medicação nos postos e policlínicas do Município.

A paciente, segundo relatou, comprou a medicação com seu dinheiro, “já que nos postos não tem”, mas as unidades não querem aplicar. “Ela me enviou a mensagem com a cópia da referida circular. Vai à unidade de saúde, mandam ir para a policlínica. Vai à policlínica, orientam retornar ao posto”, observou. Ivamberg apelou para que a própria secretária visite as unidades de saúde e verifique o porquê de não estar sendo cumprida a orientação dada por meio de circular oficial.

Enfermeira por formação, a vereadora Lu de Ronny (PV), se solidarizou com os feirenses que sofrem com este problema. Ela acredita que o impasse se deva ao fato da medicação ser “fotossensível”
[sofre reações de degradação em decorrência de exposição à luz]. “Provavelmente, o problema ocorre devido a falta de algum insumo necessário à administração medicamentosa”, observou.

Já a presidente da Câmara, Eremita Mota (PP), avaliou que a saúde municipal vive um “caos”. Também através de mensagem, um familiar de paciente tetraplégica lhe informou que, após comprar esta mesma medicação, se viu obrigada a fazer a aplicação na pessoa. “E precisou aplicar em mais dois pacientes. Tudo isso por não conseguir realizar o procedimento nos postos da Prefeitura de Feira”, criticou.

Apesar de considerar o fato “grave”, Paulão do Caldeirão (PP), afirmou que tanto a secretária Municipal de Saúde quanto a coordenadora da Atenção Básica tem se dedicado a desempenhar um bom trabalho. “São pessoas muito competentes e humanas. Jamais iriam aprovar que algo como isto esteja acontecendo”, frisou, garantindo tentar contato sobre o problema.

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