Vereador se posiciona contrário à municipalização da Escola Estadual Agostinho Fróes Da Mota

O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) se posicionou contra a municipalização do Colégio Estadual Agostinho Fróes da Mota, localizado na Rua Cel. Álvaro Simões, durante discurso proferido na tribuna da Câmara Municipal nesta quarta (2). De acordo com o parlamentar, a comunidade escolar, especialmente a direção da unidade, foi surpreendida com o anúncio da municipalização.

“Este é outro problema na educação feirense. Com a municipalização, o colégio estadual passaria para a alçada do município. Peço que o Estado e o Município tenham muita sobriedade na análise dessa questão para que não sejam irresponsáveis com algo que afeta milhares de pessoas”, declarou.

E continuou: “Se é verdade que a lei de diretrizes e bases prevê que a educação, em âmbito fundamental, fica com os municípios, a gente precisa analisar aquilo que é específico, bem como a dificuldade de cada instituição, e como ela se relaciona com as comunidades. No caso do Agostinho Fróes da Mota, trata-se de um colégio único, que tem uma comissão permanente de avaliação, o chamado CPA, muito importante para aquelas pessoas que não tiveram possibilidade de escolarização quando mais novas, e precisam de uma certificação para ingressar no mundo do trabalho e conseguir uma oportunidade”.

Se colocou “veementemente contra a municipalização dessa escola da forma que está sendo encaminhada”, e disse que, inclusive, irá questionar a Secretaria de Educação e o NTE (Núcleo Territorial de Educação), vinculado ao governo do Estado, sobre o assunto.

Professor Ivamberg (PT) disse que concorda com o colega. “É preciso cumprir a lei de diretrizes e bases no tocante ao ensino fundamental. No caso do Colégio Estadual Agostinho Fróes da Mota, assim como do Colégio Estadual Edelvira de Oliveira, situado na Queimadinha, sou contra a municipalização porque os alunos são de ensino médio e serão remanejados para as escolas municipais. Que municipalização é essa? Só de prédio?”, indagou.

Ainda, disse que a decisão ocorreu de forma abrupta e sem diálogo. “Já falei com o secretário de educação do Estado (Jerônimo Rodrigues) sobre o meu posicionamento”, declarou. Jhonatas Monteiro informou que nesta quarta haverá uma manifestação em frente ao NTE exigindo posicionamento do Estado quanto às comunidades envolvidas no processo”.