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“A situação está insustentável”, diz Fernando sobre relação da Câmara com a Prefeitura
9 de novembro de 2021

“Fico muito triste em ver que o prefeito em quem eu votei, que eu apoiei, para quem eu tomei chuva na cara atrás de voto, que eu acreditei que seria melhor que o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, não me dá ouvidos, não me atende para ouvir o que eu tenho para falar. A situação está insustentável”. A declaração é do vereador e presidente da Câmara Municipal, Fernando Torres (PSD), durante discurso na tribuna da Casa nesta terça (9). 
 
A fala do parlamentar se deu após ele ter ido à Secretaria de Saúde junto com outros vereadores, a fim de tentar solucionar impasse existente na Casa de Saúde Santana, especificamente a suspensão do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por parte da Prefeitura, e o prefeito e o secretário Marcelo Brito não terem dado a mínima para o que os parlamentares queriam dizer. 
 
“Está difícil a convivência da Câmara Municipal com a Prefeitura de Feira de Santana. Pelo que vejo, o prefeito não pede orientação para o vice-prefeito Fernando de Fabinho, que sabe administrar, e, por isso, nada conseguimos. Nessa tribuna aqui falamos para a imprensa, para a população e para a Prefeitura, mas esta fecha as portas para a Casa da Cidadania”, disse.  
 
E acrescentou: “Isso nunca aconteceu na história de Feira de Santana. Somos uma nova Câmara, sim, mas nenhum prefeito na história da cidade nunca ficou sem atender aos pedidos da Câmara. Estamos aqui fiscalizando, buscando dialogo e entendimento, mas a Prefeitura não quer ouvir o que os vereadores têm a falar sobre a cidade”.  
 
Fernando lamentou as atitudes tomadas ultimamente pelo prefeito Colbert Martins Filho, e pediu, durante seu discurso, ajuda ao ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, que ele disse ser o líder do administrador municipal, para que tente conversar com o atua gestor municipal a fim de que seja possível melhorar a relação entre a Casa da Cidadania e o Paço Municipal.  
 
“A cidade parou, a saúde de Feira está um caos; a segurança pública em Feira é pior que em toda a Bahia; Feira é a cidade mais violenta do Brasil. Além disso, houve investimento de milhões de reais num BRT que não funciona, e os camelôs estão sofrendo com o Shopping Popular. Se analisarmos, todos os seguimentos de Feira estão sofrendo atualmente e providências precisam ser tomadas”, pontuou.  
 
E continuou: “Estou começando a achar que o pedido de impeachment do prefeito, que o vereador Paulão do Caldeirão (PSC) tem falado tanto aqui na Câmara, faz todo sentido. Esse prefeito não tem como continuar até o final. Se o presidente da Câmara chega e o prefeito e o secretário não atendem, imagine seu João da Queimadinha?! Imagine a situação das pessoas humildes que tentam chegar perto do prefeito? Elas nunca serão atendidas”, salientou. 
 
Jhonatas Monteiro (PSOL) corroborou com o que foi dito pelo colega vereador e disse que é indagado frequentemente sobre o fato de a Câmara Municipal se posicionar a respeito das coisas que a Prefeitura tem feito. “O que é que está faltando, no final das contas, para que a gente, aqui na Câmara, discuta qual o freio de arrumação? Pode não ser o impeachment, mas algum freio precisamos discutir, porque quem sofre com tudo isso é a maioria da população feirense. É ingovernável do jeito que está”, ressaltou. 
 

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