“Aditivos não passam pelo prefeito?” questiona vereador, sobre conhecimento de Colbert a pagamento para empresa de Marcelo Britto
18 de outubro de 2022
“Por acaso, aditivos contratuais pagos com recursos do Município não passam pelo crivo do chefe do Executivo?”. O questionamento é do vereador Sílvio Dias (PT) sobre o conhecimento, ou não, do prefeito Colbert Martins ao acréscimo de aproximadamente R$ 700 mil, datado de 29 de julho de 2020, em contrato firmado entre o Governo e a Insaude – instituição gestora da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) localizada no bairro Queimadinha. Parte deste valor teria sido utilizada para remunerar empresa de propriedade do ex-secretário de Saúde, Marcelo Britto, por serviços que não foram prestados, segundo a Polícia Federal detectou na operação denominada “No Service”.
Para o vereador, o prefeito certamente foi comunicado do aditivo e sua finalidade. Ele observa que, em depoimento à CPI da Saúde, na Câmara, Marcelo falou em serviço de consultoria, porém o objetivo registrado em contrato seria “prestação de serviços médicos”. Além da contradição, um ex-diretor da UPA revelou à Polícia Federal que o médico, ainda antes de tornar-se secretário à época, “nunca esteve” no local, nem dois outros profissionais que assinam com ele o documento, Raimundo Neto (seu filho) e Ricardo Pereira. O pagamento à GSM, empresa de Marcelo e seus sócios, segundo Sílvio Dias, deveria ser da ordem de R$ 44 mil mensais com pagamento previsto para fevereiro, março e abril, mas acabou sendo liberado um total de R$ 200 mil. “Recursos carimbados da saúde, que foram desviados”, assinala o vereador.