O acompanhamento do homem agressor se tornou um desafio para Alfredo de Moraes Neto, um profissional multifacetado que se divide entre a Psicologia, a Docência, a Literatura e a atividade militar. Aliás, foi um projeto pelo fim da violência contra a mulher, que o levou a concorrer ao Prêmio Viva, na categoria “Eles por Elas”, em nível nacional. Mas nada como ser comendador na cidade em que nasceu, por iniciativa da Câmara Municipal de Feira de Santana
A Comenda Maria Quitéria foi entregue em sessão solene na noite desta terça-feira (28), com direito a um belíssimo discurso da vereadora Gerusa Sampaio, autora da homenagem, e um vídeo registrando momentos marcantes na vida do novo comendador. “Os amores e as dores da Psicologia exigem a paciência da transformação”, disse Gerusa Sampaio, ao citar o trabalho desempenhado pelo profissional na última década.
A comenda, segundo ela, é o reconhecimento a esse trabalho. “Entendemos que contribui para a saúde mental da sociedade”, destacou. Gerusa falou também sobre a dedicação do homenageado a tudo que faz, sejam as atividades de trabalho, as viagens nacionais e internacionais, os livros – como leitor ou escritor. Poeta de mão cheia, prioriza três paixões na hora do lazer: livro, cinema e música.
Alfredo de Moraes Neto é graduado em Psicologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), onde atua como professor, atividade que desenvolve também nas faculdades Pitágoras ele coordenador do curso de Psicologia da instituição – e Fatec, sendo ainda professor de pós-graduação em Perícias Forenses na UNEF. É subtenente PM, perito criminal do Tribunal de Justiça da Bahia e psicólogo da Polícia Militar.
Em seu discurso, o comendador Alfredo de Moraes Neto importância da família, citando três mulheres especiais em sua vida: a avó Edite, a mãe Avany e a mulher Lícia. Os filhos mereceram mensagem especial. Rhaissa e Lucas, biológicos, Luiz e Igor, do coração desde os 16 anos de idade. “Com eles aprendi a ser pai”, contou. Ele se definiu como um sonhador, que decidiu fazer diferente em tudo na vida, inclusive na Psicologia, a maior paixão.
“A minha avó sempre me pediu para ter zelo com o meu nome”, confidenciou Alfredo, emocionado. Talvez essa referência feminina o tenha conduzido ao trabalho em defesa das mulheres que sofrem violência doméstica. “Mulheres estão morrendo ou sendo estupradas todos os dias, precisamos mudar isso”, conclamou o psicólogo, que aproveitou para fazer um alerta: A violência psicológica não é vista, mas uma verbalização errada pode matar a alma da mulher.
O homenageado disse não ser merecedor da medalha, porque não faz nada mais do que a sua obrigação e enalteceu o sentimento de gratidão por quem fez e faz parte de sua vida. “Nunca imaginei chegar a esse momento”, afirmou o homenageado, que compôs a Mesa de Honra da solenidade ao lado da mulher, Lícia Marques, o vereador e presidente do Legislativo José Carneiro Rocha e o secretário municipal de Governo Paulo Aquino, representando o prefeito Colbert Martins.
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