Apesar de Feira não viver uma ditadura, prefeito age e pensa como ditador, afirma vereador

“Vivemos uma situação no município onde temos o prefeito que, embora não tenhamos uma ditadura instituída, pensa e age como um ditador”. A afirmação é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira (13). Conforme o parlamentar, há quem não aceite a realidade política do município.  

“Temos visto isso se agravar ao longo do mandato. Quantas e quantas reclamações recebemos, não apenas de oposição, mas, às vezes, da própria bancada do governo, e que não são recebidos pelo prefeito para tratar sobre questões do município. Se isso ocorre com autoridades constituídas, imagine com pessoas anônimas?”, indagou. 

Jhonatas disse que já desafiou, em outra oportunidade, a população, pois se alguém tem uma notícia de que o prefeito atendeu uma associação ou movimento social, me informe. Até hoje, ele não atendeu ninguém. Para o povo é zero abertura. Por isso acredito que o agravamento de um autoritarismo vivido na cidade precisa de uma resposta, não pelas agressões e ameaças que vivi nos últimos dias, mas como uma questão pública do município”.  

Para ele, se aquela violência aconteceu dentro do espaço da Prefeitura, do principal prédio público do município, imagine o que acontece às escondidas? Vamos discutir futuramente um assassinato de alguém a mando do prefeito? Algumas pessoas têm perguntado: não vai colocar um freio no prefeito? Ele não vai assumir a responsabilidade do que houve, do excesso, como ele mesmo disse?”, pontuou. 

 O vereador fez uma convocação ao povo feirense para que cobre uma resposta do prefeito. “O afastamento dele pode ser solicitado por qualquer cidadão; basta apresentar à Câmara Municipal. Então, você que sabe de alguma irregularidade, traga à Casa. Não tenho dúvidas que há várias pessoas que sabem os erros que essa administração pratica todos os dias. Se ele se encastela dentro da Prefeitura, e a mídia fica como meninos de recado, se prestando a um papel vexatório, e, ainda, se o prefeito se esconde atrás disso tudo de forma covarde acreditando que não vai responder, ele se engana”.