Apesar de promessa da Prefeitura, Apae de Feira continua sem receber repasse, diz vereador
Mais uma vez o assunto da falta de repasse da Prefeitura de Feira de Santana a uma das principais instituições filantrópicas, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) foi abordado pelo vereador Emerson Minho (DC), em discurso na tribuna da Câmara na sessão ordinária desta quarta-feira (21).
Segundo o vereador, apesar do anúncio do líder do Governo na Câmara, o vereador José Carneiro (MDB), que transmitiu a mensagem do prefeito Colbert Filho garantindo a resolução do problema, até o momento não teria sido resolvido. “Em conversa com a diretoria da entidade, soube que esse dinheiro prometido é relacionado a um fundo específico, portanto, não poderá ser usado para o pagamento de pessoal. Além disso, ainda não foi repassado”, disse.
Emerson Minho fez um apelo aos colegas do legislativo que peçam ao prefeito resolvam esse problema. “Pelo sofrimento que o pessoal está passando, solicito ao líder e aos demais colegas vereadores que peçam para o prefeito para pagar essa dívida”, enfatizou.
Reconhecendo a existência do débito e manifestando discordância com a atitude do governo municipal, o vereador José Carneiro explicou que apenas serviu de porta voz do Executivo. “O prefeito disse que faria o pagamento ontem mesmo. Realmente existe esse débito e o governo tem que resolver, pois a Apae é uma instituição importante e não pode e nem deve ser tratada dessa forma. Independentemente de ser líder do governo, não compartilho desse ato de atraso de repasses”, afirmou.
Já o vereador Paulão do Caldeirão (PSC), alegou a burocracia para esse tipo de repasse, para justificar o atraso. “Não se pode fazer esses tipos de pagamentos do dia para a noite”, justificou.
Entenda o impasse
Os recursos referentes a convênios firmados pela Apae são repassados por órgãos governamentais à Prefeitura de Feira de Santana, que se responsabiliza por efetivar a transferência diretamente para a entidade. No entanto, as transferências de recursos não estão ocorrendo e já chegam ao total de R$ 2,8 milhões. O fato gerou a paralisação dos serviços prestados pela instituição e diversas cobranças na Câmara Municipal. Após isto, houve promessa do prefeito Colbert Martins em pagar ontem (20) parte da dívida.