Uma senhora de 81 anos passou um verdadeiro sufoco ao buscar atendimento médico, ontem (quarta-feira, 3), na rede pública de saúde de Feira de Santana. Após passar quase o dia inteiro circulando pela cidade, só conseguiu uma vaga às 19h na Policlínica do distrito de Humildes. No entanto, as condições da unidade estão totalmente precárias. A observação foi feita pelo vereador Luiz da Feira (PP), durante pronunciamento nesta quinta (4) na Câmara, onde relatou a situação e exigiu providências imediatas das autoridades. “Estive acompanhando esta paciente, do meio-dia até às 20h. É muito desagradável ver um conterrâneo ser atendido em um local que não tem nem as medicações necessárias”, criticou.
Em seu discurso, o vereador ainda ressaltou que os profissionais da policlínica municipal prestaram um “excelente serviço” à idosa, mas que viu macas “rasgadas” e “familiares tendo que comprar a medicação do paciente”. Além disso, acrescentou Luiz da Feira, os funcionários da unidade estão há dois meses sem receber o pagamento de seus salários. “O médico e os demais profissionais atenderam muito bem, mas tiveram que colocar a senhora, que inclusive corre risco de perder quatro dedos, em cima de uma maca sem papel toalha, sem nada. A situação é muito crítica”, frisou.
Conforme relato do parlamentar, antes de conseguir a vaga na policlínica, a paciente ficou um longo tempo dentro do veículo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que, primeiro, passou no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Em seguida foi para a UPA 24 Horas situada ao lado do HGCA e, também, em unidades do Município como a UPA da Queimadinha e a policlínica do Feira X, contudo sem conseguir assistência.
“Com a UPA do Estado cheia e sem espaço até para sentar, ela levou quase duas horas dentro da ambulância do Samu rodando pela cidade”, disse o vereador. Como integrante da Comissão de Saúde do Legislativo, Luiz da Feira solicitou que a secretária de Saúde do Estado intervenha no problema. “Espero que a gestão estadual providencie abrir o atendimento às pessoas que chegam no Clériston, precisando amputar pé ou dedo, porque não temos isso na rede municipal de Feira. Infelizmente, quem procura o serviço ali volta para casa sem solução”, reclamou.
O vereador sugeriu que a secretaria estadual abra uma exceção e libere atendimento rápido no HGCA, para pessoas com trombose ou membros em situação de necrose. Luiz da Feira também sugeriu que a secretária municipal e o prefeito Colbert Martins Filho sentem com o governador Jerônimo Rodrigues a fim de discutir a situação da saúde. “Que sentem e expliquem, caso não tenham condições de manter as UPAS do Município. E se for preciso, que passem para a gestão estadual, pois a UPA do Estado não suporta ter 30 pessoas aguardando atendimento ao mesmo tempo”, apontou.
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