Apesar de promoverem ações sociais que beneficiam centenas de adolescentes e jovens feirenses, as mais diversas associações e academias de capoeira que desenvolvem o trabalho em Feira de Santana não têm recebido apoio financeiro do poder público. A reclamação é da diretora geral da Associação Sociocultural Capoeira Ativa, professora Aracnídea, que utilizou a Tribuna Livre da Câmara, nesta quarta-feira (7). para pedir apoio dos vereadores às ações da entidade. “Precisamos de auxílio para desenvolver as atividades, mas temos enfrentado muitos empecilhos junto à Secretaria Municipal de Cultura. E em razão disto, temos trabalhado sem apoio”, protestou.
Professora Aracnídea informou que a associação desenvolve ações com crianças, jovens, adultos e idosos, em bairros como Mangabeira e Conceição. Além de levar cultura e lazer à sociedade, desde o ano passado realiza o “Arrastão da Paz”, um evento que reúne todos os grupos que trabalham com capoeira no Município. “No próximo dia 8 de setembro, realizaremos a segunda edição deste encontro, que é uma caminhada onde a gente esquece as diferenças e todos se unem. Seria muito interessante contar com a participação dos senhores”, disse, convidando os integrantes do Legislativo.
A dirigente capoeirista explicou que, devido a incompreensões, uma pequena parcela dos grupos de capoeira é “mau vista”, num contexto geral. Mas, insistiu na importância de se estabelecer uma relação colaborativa entre o poder público e as diversas entidades comunitárias da área. Ela afirma que, mesmo sem apoio governamental, a Capoeira Ativa atende 30 alunos. Já o grupo do Mestre Gel (uma outra equipe), presta assistência a 28 alunos nos bairros Campo Limpo e Cidade Nova. Se incentivados a praticar esportes, argumentou a professora, “os jovens não serão atraídos pela criminalidade”.
Aracnídea disse que a capoeira precisa da esfera política “e ela precisa de nós”. Portanto, ela apela, “pedimos que esta Casa nos dê subsídios a fim de permanecermos com nosso trabalho social”, frisou, elencando que, quando ocorrem os chamados “batizados”, as entidades bancam despesas com alimentação, materiais de certificados e cordões para os alunos: “Colaborem. E não deixem morrer a nossa história”.
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