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Ativista diz que é crítica a situação de abandono de animais, em Feira
23 de abril de 2025

É “crítica” a situação de abandono e maus-tratos aos animais, em Feira de Santana. A preocupação foi manifestada na Câmara, nesta quarta-feira (23), pela presidente da Associação de Proteção aos Animais (APA), Sandra Lima Moreira Carvalho, em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara Municipal. Ela falou sobre o “Abril Laranja”, campanha de conscientização e prevenção contra a crueldade animal. O problema, segundo ela, se agrava em virtude da falta de apoio a entidades e cuidadores voluntários. Sandra Carvalho cobrou a adoção de ações por parte das autoridades púbicas.

“Os animais estão soltos nas ruas sem um mínimo de providências. Precisamos que a Câmara nos apoie”, apelou a dirigente. Ela teme que a falta de cuidado possa levar esta situação a “fugir do controle”. Sandra disse que não tratar o animal doente e abandoná-lo na rua, além de crueldade, pode comprometer a saúde pública.

A representante da APA alertou para o risco de contágio por doenças como a esporotricose [micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, transmitida por contato com o fungo no solo, vegetais ou animais]. Contando apenas com boa vontade e amor, informou Sandra Carvalho, os protetores feirenses estão se sentindo cansados por terem que desenvolver o trabalho sem recursos financeiros.

A APA, instituição que ela preside, tem 270 animais sendo cuidados por apenas oito pessoas, por exemplo. “É uma questão séria. E o Abril Laranja objetiva conscientizar para que se cuide bem dos animais, estes seres que são melhores que nós”, destacou. Outra questão apontada por Sandra Carvalho é a impossibilidade de atender os diversos chamados recebidos. “Recebemos, diariamente, várias ligações de pessoas fazendo denúncias de maus-tratos e não temos como resolver ou a quem recorrer”, criticou.

Ela reconheceu a importância da destinação de verbas, através de emendas colocadas pelos vereadores no Orçamento Municipal. Mas solicitou empenho no sentido de conseguir a liberação. “Alguns dos senhores destinaram verba do município para nós, mas há demora para chegar. A gente está aguardando chegarem. Tenho três anos na APA e só vi chegar um repasse”, reclamou. “Precisamos destas verbas para cuidar dos animais de rua. Eles estão morrendo ou sendo envenenados. Sozinhos não podemos dar conta disso”.

Ao encerrar sua fala, a presidente da APA convidou os vereadores a visitarem in loco um abrigo de animais para ver de perto o que os protetores passam. “É uma coisa que precisa ser vista”, disse apontando que o não envolvimento da sociedade e agentes públicos com a causa, às vezes se deve à falta de conhecimento e da vivência dos ativistas.

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