A falta de materiais, descumprimento do piso da enfermagem e o atraso do pagamento de salários a servidores terceirizados das unidades da rede municipal de saúde devem ser denunciados ao Ministério Público, defendeu, hoje (24), o vereador Luiz da Feira (Avante). Um dos principais problemas dos últimos dias na cidade, o assunto segue sendo debatido no plenário do Legislativo. Diversos vereadores criticaram a situação e cobraram providências das autoridades. Segundo ele, a Comissão de Saúde da Casa deve levar o tema ao MP, por se tratar de um problema que afeta a coletividade.
Também cobrou do prefeito Colbert Martins Filho que apresente o comprovante de que realmente repassou os valores às empresas, “porque se o senhor não apresenta e só diz que pagou, fica difícil”. O vereador disse que, na última sexta-feira (20), esteve visitando vários postos, policlínicas e UPA’s, onde constatou que funcionários estão há três meses sem receber e “passando dificuldade até mesmo para se alimentar. “Um médico me disse que está há 90 dias sem receber o salário aqui no Município, enquanto ao trabalhar na vizinha cidade de Amélia Rodrigues, viu o salário entrar no prazo certo de 30 dias”, lamentou.
Professor Ivamberg (PT), leu na Tribuna uma mensagem que teria recebido de profissionais de odontologia e enfermeiros, “pedindo socorro” à Câmara. Informou que, mesmo sem receber o pagamento da empresa SM, uma das terceirizadas, “eles continuam indo trabalhar”. Enquanto isso, convidada pela Câmara a dar explicações “a secretária Municipal de Saúde não compareceu e sequer deu justificativa plausível”, disse Lu de Ronny (MDB).
Líder do Governo Municipal, José Carneiro (MDB), disse que compartilha do entendimento de que “quem trabalha, tem que receber em dia seu salário” e disse que a mesma situação ocorre com servidores de saúde que atuam para o Estado através da Fundação José Silveira, “também com atraso no pagamento de salários”. Jurandy Carvalho (PL) classificou como “deplorável” a situação de saúde no Município, mas apontou que os problemas ocorrem no serviço estadual. Ele recebeu mensagem de uma paciente que estava no Clériston Andrade em busca de atendimento, “ficou no corredor o tempo todo e nem alimentação lhe deram”.
Foto: MPBA
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