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Autor do livro “Casa Verde, os Caminhos da Ecologia”, ambientalista faz apelo a engenheiros e arquitetos feirenses
7 de dezembro de 2022

Um apelo especialmente dirigido aos engenheiros e arquitetos de Feira de Santana: “não retirar do ambiente todos os elementos naturais para erguer as construções humanas”.  Quem faz o pedido, e ao mesmo tempo uma advertência, é o ambientalista Horácio Amorim, autor do livro “Casa Verde, os Caminhos da Ecologia”, lançado recentemente nesta cidade. Ele esteve na Câmara, usando a Tribuna Livre, para apresentar a publicação aos vereadores e também alerta-los  à  importância de ampliar a fiscalização do Poder Legislativo no combate aos crimes contra a natureza neste Município. Na abertura do seu pronunciamento, fez uma homenagem ao seu companheiro de causa e colega na secretaria, Sérgio Aras, falecido este ano.
 
O fomento econômico é importante, diz Amorim aos profissionais da arquitetura e engenharia, “todavia, é possível, no que é construído, casas, prédios, uma ação que possibilite o desenvolvimento sustentável – harmonizar natureza, economia e sociedade”. A degradação ambiental, ele entende, não é consequência, exatamente, do desenvolvimento, “mas da ganância deste sistema”. Ex-diretor, por mais de uma década, do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais, ele conclamou aos profissionais envolvidos com a construção civil a lançar mão de recursos alternativos e preservar a matéria-prima natural, na medida do possível, dos investimentos nesta área. 
 
“Nosso objetivo é prestar uma modesta contribuição para que as pessoas, no esforço pela preservação do meio ambiente, entendam que a gente não se alimenta do dinheiro. Que  a qualidade de vida está no ar, na água, no sossego do ambiente do nosso lar. Precisamos de harmonia”, ele diz.  O livro, segundo o escritor, vai além do debate direto, trazendo em seu conteúdo questões relacionadas com o preconceito, as relações humanas, população de rua, violência urbana. Apresenta ainda uma pesquisa, de quatro anos, com diversos pensadores e autores da esfera social e ambiental, na busca de  contextualizar a questão ambiental como espaço que interage com seres que tem vida, animais e vegetais – entre os quais os humanos, e os que não tem. 
 
Nas páginas de “Casa Verde, os Caminhos da Ecologia”, Horácio Amorim tem como ponto de partida o período colonial, “quando elementos da flora foram encaminhados para metrópole portuguesa, havia escravização dos indígenas e dos negros, maus-tratos a  grupos que resultaram, no final das contas, em formas de degradação do meio ambiente”. Discorre acerca  da revolução industrial e seus impactos nos ecossistemas terrestres. Registra aspectos da legislação ambiental, “importante e necessária para garantir o equilíbrio”: código florestal, política de resíduos sólidos, artigo 125 da Constituição, que preconiza o “direito de todos a um ambiente ecologicamente qualificado”.

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