FECHAR
Licitações Contratos Convênios Leis Decretos Portarias Relatórios da Responsabilidade Fiscal Estrutura Organizacional Folha de Pessoal
Bacia do Jacuípe tem 89% de esgotamento concluído, mas muitos domicílios lançam dejetos na rede pluvial
31 de março de 2025

Embora com 89% de sua rede de esgotamento sanitário já concluídos, a Bacia do Jacuípe sofre de um problema crônico e comprometedor do saneamento do rio que leva o mesmo nome: o elevado número de domicílios, na região, a lançar seus dejetos sanitários na rede pluvial, preparada para receber apenas a água da chuva. O quadro, considerado preocupante, foi apresentado pelo gestor regional da Embasa em Feira de Santana, Raimundo Neto, durante uma audiência pública realizada esta semana, pela Câmara, para tratar da poluição ao rio Jacuípe. O evento foi de iniciativa dos vereadores Jurandy Carvalho (PSDB) e Ismael Bastos (PL).

Sinal evidente da problemática, ele exemplificou, é o canal de macrodrenagem que cruza os bairros próximos do centro da cidade e passa bem perto da Estação de Tratamento da Embasa. Em período de estiagem, deveria estar vazio, pois sua serventia é a drenagem de água pluvial. Está sempre com volume razoável, no entanto, em razão do esgoto domiciliar que recebe indevidamente lançado.

Raimundo Neto propôs uma reflexão sobre a situação da água servida lançada na rede pluvial por estabelecimentos  residenciais e comerciais,  em  áreas onde já existem redes coletoras de esgoto. “Mesmo com rede de esgoto em frente de casa, muitos não querem quebrar seu piso, realizar uma obra dentro de casa, para resolver a situação da fluidez. Creio que, para não perder a ‘facilidade’, já que as pessoas lançam seus esgotos em um local mais rápido”. Este procedimento, explica, ocasiona um grande volume de água de esgoto lançada em locais de drenagem pluvial. Sanar esta irregularidade, ele diz, é um grande desafio”.

Quando chove em Feira de Santana,  os chamados à Embasa saltam das 50 a 60 chamados diárias, sobre esgotos expostos na cidade, para cerca de 300 pedidos. Isto acontece porque “a água extravasa, já que a rede não foi estruturada para ter um sistema separador absoluto, uma drenagem para os picos de chuva e as redes coletoras de esgoto”.

“É muito importante que a população seja parceira, que evite jogar dejetos e até objetos nos canais e nos rios. Tudo que ocorre hoje com os rios tem a ver com a situação do esgotamento sanitário e da drenagem de água, tem relação com as ações das pessoas, que jogam lixo nas ruas, nas nascentes, dentre outras situações”, disse.

CONSTRUÇÕES IRREGULARES

Raimundo Neto também alertou para uma outra questão, relacionada com  o uso e ocupação do solo, no município de Feira de Santana, especificamente sobre o controle de áreas que não deveriam ser ocupadas por construções e empreendimentos.  “É uma outra grande dificuldade para a drenagem da água”, afirma.

Há, segundo ele, uma proliferação de empreendimentos irregulares, especialmente em distritos. Depois dos imóveis construídos, é preciso pensar em alternativas, em um trabalho conjunto de diversos órgãos, “para evitar que ocorram desabamentos e piora da situação dos rios, lagos e lagoas”.

 

Foto: Robelio Junior/PMFS

Este website utiliza cookies próprios e de terceiros a fim de personalizar o conteúdo, melhorar a experiência do usuário, fornecer funções de mídias sociais e analisar o tráfego. Para continuar navegando você deve concordar com nossa Política de Cookies e Política de Privacidade e Proteção de Dados.