Conforme o presidente da Associação de Músicos de Feira de Santana, Adilson José dos Santos – conhecido como Billy Som, não existe respeito pela classe artística na cidade, especialmente neste período de pandemia do coronavírus. Ele disse também que o setor cultural está pedindo socorro. Tais declarações foram feitas durante discurso na Tribuna Livre da Câmara Municipal, nesta quinta (29), onde Billy Som questionou por que só o setor cultural está parado na cidade.
“Tenho visto que o prefeito Colbert Martins Filho está tentando fazer de tudo para tratar essa pandemia, mas lamento que muitos ônibus do transporte público feirense, assim como o comércio estão lotados. E por que só o setor cultural está parado? Se tem que cuidar, tem que ser de todos; se tem que ajudar, tem que ajudar a todos”, pontuou.
BILLY SOM: “TEMOS UM MERCADO DE ARTE MORTO”
Billy Som disse ainda que a Casa da Cidadania é a casa do povo, e que reconhece os vereadores como representantes da população. “Por isso peço a ajuda de vocês. Não quero que se levante uma bandeira partidária, mas temos, por exemplo, um Mercado de Arte morto. Há quanto tempo não vemos turistas transitando naquele local? E ontem, assistindo ao noticiário, vi que músicos estão indo para hospitais para cantar para os doentes, porque a música cura, a arte cura. Então, por que tratar os artistas de Feira da forma como estão tratando?”, indagou.
O vereador Silvio Dias (PT), que assumia a presidência da Câmara no momento do discurso de Billy Som, disse que a Casa Legislativa fará o possível, dentro das suas competências, para ajudar os músicos de Feira de Santana, pois “esta pandemia é séria e precisa ser tratada com toda atenção”.
Recentemente, Billy Som e o vereador Galeguinho SPA (PSB) se reuniram com o secretário de Cultura, Jairo Carneiro Filho, para sugerirem o fortalecimento de um conselho da cultura para debater grandes eventos do município, como Micareta, São João e festas distritais. Na ocasião também foram apresentadas propostas e iniciativas para regularizar a situação dos músicos feirenses, como ainda sediscutiu a lei Aldir Blanc.