“Cadê o novo hospital que foi construído ao lado do Clériston Andrade?”, questiona vereador
23 de agosto de 2022
“Lamento o que está acontecendo e pergunto: cadê o novo hospital que foi construído ao lado do Clériston Andrade?”. O questionamento é do vereador Lulinha (União Brasil), que discursou sobre a situação da regulação hospitalar em Feira de Santana na tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira (23). Ele frisou que, somente ontem, havia cerca de 50 pessoas na fila da regulação.
“Essas pessoas ficam aguardando o surgimento de vagas nas UPAS e policlínicas de Feira de Santana, para que, surgindo uma vaga, seja possível realizar uma transferência para hospitais de referência de urgência e emergência, aqui em Feira de Santana ou em Salvador. Acho que esse foi o maior número registrado até hoje”, frisou.
Ainda de acordo com Lulinha, muitos milhões foram investidos na construção do anexo do Hospital Geral Clériston Andrade; disse ainda que alta complexidade é obrigação dos governos federal e estadual. “O município só dá o suporte necessário. Essa regulação está matando gente. Tem gente que tem 30 dias em uma policlínica aguardando transferência, quando deveria ficar apenas 24 horas”, frisou.
As pessoas estão reclamando, ligando para vereadores da base do governo e de oposição, bem como para os deputados, segundo Lulinha. Contudo, ele lamentou que os políticos não têm o poder de fazer algo, a não ser levar as demandas para quem de direito. Silvio Dias (PT) disse que tem muitas divergências com o colega vereador (por serem oposição), mas, nesse ponto da saúde em Feira de Santana, concordam com a atual situação.
“A saúde no município realmente está complicada. Mas nós divergimos no fato de que o município não tem cumprido o seu papel, e as policlínicas e UPAs administradas por ele não atendem como deveriam. O que acontece é que sempre transferem os pacientes apenas para a UPA do Clériston ou para o próprio Clériston Andrade, e aí ocorre a superlotação. Se não tivéssemos tanta corrupção na saúde, talvez o Clériston pudesse prestar o atendimento devido”, afirmou.
Lulinha, por sua vez, lembrou que milhões de reais foram investidos pelo Governo do Estado para a compra de respiradores logo no início da pandemia do coronavírus, mas, até hoje, os aparelhos não chegaram em Feira de Santana. “Mas este assunto já está encerrado, e eu posso dizer que o município tem 6 policlínicas, 2 UPAs, o CMDI, o Hospital da Mulher, o CNPC, as UBSs, os PSFs e, mesmo com problemas e dificuldades, tem unidades de saúde para atender”.