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Cadmiel pede assistência aos mais carentes durante pandemia
19 de maio de 2020

Em pronunciamento, na sessão ordinária desta terça-feira (19), na Câmara Municipal de Feira de Santana, o edil Cadmiel Pereira (DEM) chamou atenção de grandes empresas instaladas na cidade e autoridades, para a assistência aos mais carentes e necessitados neste período de pandemia.

“Tem multinacional instalada em Feira que, se estiver fazendo doações, está fazendo para outros locais. Cadê as doações da Nestlé? Da Pepsico? Cadê as ajudas aos pobres, pretos e periféricos? Não estamos vendo o trabalho social destas empresas. Estamos no momento em que o gari, o padeiro, a manicure, o pedreiro ouvem o ‘fique em casa’. Mas, não ouvimos o ‘fique em casa’ para os ricos. Estes últimos estão em casa, assistindo série, comprando e recebendo as melhores comidas em casa. Mas, os pais de família pobres estão em casa há mais de 2 meses, tendo recebido apenas uma cesta básica no início dessa pandemia”, pontuou Cadmiel.

E continuou. “Que ideia é essa? Somos uma cidade de 700 mil habitantes e como queremos ver esse povo vivo na próxima semana? Como vamos mandar as pessoas que moram nos residenciais do Minha Casa Minha Vida ficarem em casa, se não têm como trabalhar e ganhar dinheiro? Os repórteres da Globo mandam ficar em casa, mas eles estão trabalhando e recebendo seus salários. O desserviço social estabelecido por esta emissora está tão grande que não querem reconhecer que, além da COVID-19, tem cancêr, rins, coração, pressão alta, dengue, chicungunya. Mas, hoje tudo que acontecer, um espirro dado,  é COVID-19. Vamos pegar os números e ver quantas pessoas morrem por outros motivos na cidade”, ressaltou.  

Em aparte, o edil Eli Ribeiro (REP) informou que conhece uma família, onde estão 12 membros em uma casa de quarto e sala. “É fácil para o rico ficar em sua casa confortável, assistindo live. Mas, para quem é pobre, quem precisa sair e ganhar o dinheiro para comer não é fácil ficar em casa. Daqui a pouco as pessoas vão estar morrendo de fome, vai acontecer saques em mercados e mais. As pessoas precisam se cuidar, mas o pior será depois que esta pandemia passar porque as pessoas vão enfrentar problemas financeiros e psicológicos, como depressão”, avaliou.  

De volta com a palavra, Cadmiel reforçou a importância da ajuda aos mais carentes. “Já viram campanha de ‘fique em casa’ feita por pessoas que moram em condomínios? Como ficam 10 membros de uma família em um apartamento do Minha Casa Minha Vida sem alimentos, sem internet, sem qualquer recurso? E ainda estão sendo culpados pela pandemia. Têm pessoas que acreditam que são estes que estão proliferando o vírus. Os CRAs, CREAs estão ouvindo os choros e lamentações das  pessoas mais pobres. Convido os políticos e autoridades a andarem nos distritos e periferias de Feira. Eu visitei muitos distritos no final de semana e voltei em estado de nervos, pois ouvi e vir  a realidade de muitas famílias”, revelou.

O edil afirmou mais que, se fosse prefeito solicitaria visitas às comunidades. “Hoje, se eu fosse o prefeito, fechava todas as secretarias e mandava os funcionários para as ruas virem de perto a realidade das pessoas e levar o retorno. Sabe o que vão perceber? Que a casa está caindo”, afirmou.

Também em aparte, o vereador Luiz Augusto de Jesus, Lulinha (DEM) rebateu o discurso de Cadmiel. “Sabe o que é precisar de um respirador, de um leito de UTI e não encontrar? Ainda não temos um local para receber as pessoas doentes. Sabe o que é ter falta de ar e o médico ter que escolher quem vai para a UTI ou não. Poucas pessoas ainda vão conseguir leitos porque têm plano de saúde. Ontem foram 25 novos casos, será que o prefeito está errado? Será que ele, médico, está pensando errado? Ele fez o que pode, ele não queria fechar o comércio porque prejudica a economia. Vamos ter cuidado com o que falamos aqui, porque às vezes estamos atrapalhando o trabalho do prefeito”, analisou.

Para finalizar, Cadmiel garantiu que o discurso é a favor do povo. “É preciso assistir às pessoas que estão passando dificuldades em suas casas. Cadê os recursos que estavam separados para assistir essa pandemia? É preciso andar e ver onde estão os artistas, os esportistas, todas as categorias. Precisamos socorrer o povo de Feira de Santana”, findou.  

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