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Candidatos querem anular seleção para REDA que habilitou apenas 21, de três mil
5 de outubro de 2023

Com 80 vagas previstas para professores de nível superior com Licenciatura em Pedagogia, o último processo seletivo de Regime Especial de Direito Administrativo (REDA) promovido pela Prefeitura de Feira de Santana, classificou apenas 21 dos mais de três mil inscritos. Insatisfeitos com a homologação do resultado e com outros aspectos que marcaram o certame, candidatos e membros da APLB Sindicato ocuparam a galeria da Câmara Municipal durante a sessão desta quinta (05). No ato, eles pediram o apoio dos vereadores pelo cancelamento desta seleção.

Sem respostas do Executivo feirense, as tentativas de diálogo dos professores foram falhas, lamenta o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL). Segundo o parlamentar, a “profunda desorganização”  da MS Concursos Ltda, responsável pelo processo, ficou evidente desde quando a prova precisou ser remarcada no dia de sua aplicação, por não contemplar o estabelecido em edital. Em seguida, candidatos que participaram do processo também reclamaram do gabarito preliminar conflitante e da limitação para interpor recursos.

“Foi uma vergonha”, opina o vereador Silvio Dias (PT). Em concordância com os professores presentes na galeria, ele defendeu o “cancelamento deste REDA” e a criação de um novo certame. Em solidariedade aos candidatos, o líder da base governista na Câmara, José Carneiro (MDB), disse que não pode concordar com o resultado homologado: “Eu não admito que, em uma seleção pública com mais de três mil concorrentes, apenas 21 sejam selecionados”.

PREFEITURA DESCUMPRE ORDEM JUDICIAL

Os profissionais que já atuam na Rede Municipal de Ensino também enfrentam problemas com a administração, acrescenta o Professor Ivamberg (PT). Segundo ele, uma decisão judicial referente a uma ação coletiva movida pela APLB está sendo descumprida pelo prefeito Colbert Martins. Conforme Ivamberg, a medida determina que o Governo Municipal publique a alteração da carga horária, cujo regime passará de 20 para 40 horas semanais. O prazo de 90 dias, no entanto, foi encerrado na última segunda-feira (02), sem obediência à sentença. Desde então, o Município está sob risco  de pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil. “Eu espero que o judiciário cobre, pois os poderes devem ser harmônicos, mas cada um deve trabalhar dentro de suas competências e cumprir com suas funções”.

ESCOLAS REFORMADAS

Apesar dos problemas citados no plenário, o vereador Lulinha (UB) destaca que o Governo Municipal tem feito grandes investimentos na educação. Segundo ele, a reforma de diversas escolas, como o Centro Municipal de Educação Infantil Professor José Raimundo de Azevedo – conhecido como Caic – no conjunto Feira VII, e da  Escola Municipal Diva Portela, no bairro Jardim Cruzeiro, comprova o esforço do prefeito Colbert Martins para oferecer um ensino “de excelência”. 

A falta de professores nas novas estruturas, no entanto, rendem queixas dos pais e responsáveis por alunos. Presidente do Legislativo feirense, a vereadora Eremita Mota (PSDB) diz que recebe, diariamente, mensagens e telefonemas de pessoas insatisfeitas com as escolas da Rede Municipal de Ensino. Também professor, o Jhonatas Monteiro ratifica que “educação não é só parede, são as pessoas que a compõem”.

Foto: Sara Silva

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