Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (23), na Câmara Municipal de Feira de Santana, o edil Carlito do Peixe (DEM) criticou a interferência dos filhos do presidente Jair Bolsonaro no Governo Federal.
O presidente Jair Bolsonaro apresentou seus projetos, que foram aceitos pela maioria da população, mas sua relação familiar com os filhos está gerando uma interferência muito grande no país. Acredito que o gestor não pode trazer para questão pública as interferências familiares. Vejam o que está acontecendo esta semana: primeiro o presidente anunciou Eduardo Bolsonaro para embaixador; como percebeu que não seria aprovado, criou uma disputa dentro do partido e resolveu o lançar ele como líder do PSL. No nosso entendimento, líder é quem lidera, ouve, une, fala pouco. Quem quer exercer a liderança não pode divergir ao ponto de afastar ou dividir o grupo. Quem entra para ser líder na marra, no grito, vai liderar o quê?”, pontuou Carlito.
Em aparte, o vereador Edvaldo Lima (PP) pediu que haja união para melhor desenvolvimento do país. “Os filhos do presidente são pessoas de alto nível, já militam na política e podem resolver essa questão. Quero fazer um pedido a Eduardo Bolsonaro: busque agregar os deputados do PSL que estão afastados, tente unir novamente, pois isso é importante. Tenho certeza que nosso presidente está buscando, de todas as maneiras, aglutinar o partido. Ele está conseguindo colocar o país em um porto seguro e acredito que os filhos vão lutar para ajudar o pai. Peço que todos fiquem unidos para ajudar o país a sair dessa situação difícil em que foi deixado”, pediu.
De volta com a palavra, Carlito repudiou a atitude do presidente em ligar para os deputados do PSL para pedir apoio. “Quando vimos o pai, enquanto presidente, ligar para deputado e pedir que aceitem seu filho como líder é uma interferência muito grande. Acho que o presidente deve evitar essa interferência, que cada um deve exercer suas funções para as quais foram eleitos. Quero também lembrar que vi em matérias de jornais que o presidente hoje sente falta das ONGs, afastadas por conta do fato ocorrido na Amazônia”, disse.
Também em aparte, o edil Cadmiel Pereira (PSC) afirmou que o repasse feito pelo presidente para ajudar na limpeza do óleo nas praias do Nordeste é insuficiente. “O presidente anunciou um repasse de R$ 2,5 milhões. Para o tamanho da costa nordestina, esse valor não limpa nem uma praia. Era para sair R$ 1 bi para salvar nossa costa. Isso não vai acontecer em curto prazo, isso está prejudicando os pequenos: os pescadores, as marisqueiras. O que não pode é ministro do Meio Ambiente ficar brigando com governador”, findou.
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