Carta-manifesto contra projeto sobre linguagem neutra de gênero é subscrita por 23 entidades e cerca de 40 profissionais
13 de outubro de 2021
Vinte e três entidades associadas à pesquisa e produção de conhecimentos, mais cerca de 40 profissionais das mais diversas áreas, subscrevem uma carta-manifesto contra o projeto em tramitação na Câmara que visa proibir o uso de linguagem neutra de gênero no âmbito público e escolar. A informação é do vereador Professor Jhonatas Monteiro (PSOL). Nesta quarta (13) esteve na Tribuna Livre da Casa a professora-doutora Maria Aparecida Prazeres Sanches, do Grupo de Trabalho de Gênero, que apresentou o conteúdo aos vereadores, para que reflitam sobre as preocupações da população LGBTQIA quanto à proposta.
Linguagem neutra e respeito à população LGBTQUIA “não são favores, constam dos princípios de legalidade do país, que estabelecem a igualdade das pessoas e o respeito à pluralidade”, defende o vereador do PSOL. Entende que “não se inventa debate de gênero como ficção, pois já se encontra no cotidiano das escolas, em sala de aula e nos corredores”. Ele recomenda aos colegas vereadores que façam leitura atenta da carta apresentada pelas diversas organizações sociais, para uma melhor compreensão do problema.
Jhonatas apresenta aspectos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação como elementos que reforçam a importância do debate da linguagem neutra. E fez a leitura do artigo 3º da LDB, que preconiza a “igualdade de condições por acesso de permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar e pesquisar a cultura, pensamento, arte e o saber; divulgação do pluralismo de ideias e concepções pedagógicas”.