A situação do Shopping Popular continua complicada, e os camelôs seguem “com a mão na cabeça”. A informação é do vereador Luiz da Feira (PROS), dita durante discurso na tribuna da Câmara Municipal nesta terça (1), durante a primeira sessão deste período da legislatura. De acordo com o vereador, cerca de 400 camelôs foram dispensados hoje pela administração do Shopping Popular.
A crítica de Luiz da Feira diz respeito ao sorteio que ocorreu no empreendimento, que teve, ao todo, 604 interessados para as 469 vagas disponíveis. Os boxes sorteados haviam sido reincorporados pela gestão municipal porque estavam vazios e não foram ocupados pelos primeiros concessionários. Houve, cumpre salientar, a divulgação de dois decretos por parte da Prefeitura determinando o funcionamento dos boxes; um deles é o decreto nº 12.407/2021. Diante disso, os lojistas que não ocuparam os boxes até o dia 30 de novembro do ano passado perderam o direito de comercializar no entreposto comercial.
“Estou muito triste com a atitude do secretário (Sebastião Cunha, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico), que dispensou cerca de 400 camelôs do chamado Shopping Popular. São pais e mães de família que tinham mais 40 anos no comércio, e que estão vivendo uma situação muito difícil por conta da pandemia do coronavírus; que não consegue sustentar sua família, colocar o alimento na mesa”, frisou o vereador.
Ele comparou a atitude da Prefeitura de Feira com a de Salvador, relembrando que o ex-prefeito ACM Neto distribuiu cestas básicas, durante a pandemia, e disponibilizou um auxílio de seis meses para camelôs, motoboys e taxistas. “Mas, aqui em Feira, o governo municipal despejou, sem qualquer justificativa, todos esses camelôs. Esse shopping, chamado de Cidade das Compras, foi feito para o empresário, e não para os trabalhadores. Foram sorteados camelôs para ficarem com os boxes de trás, ou seja, para não venderem nada, e pegaram os melhores pontos do local para comercializar”, disse.
E acrescentou: “O nosso prefeito Colbert Martins Filho não tem coração; ele não fez nada para ajudar esses pais de família. Portanto, peço aqui a todos os vereadores que abracemos essa causa. Vamos dar entrada numa ação no Ministério Público para ajudar esses camelôs”, sugeriu.
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