Manteve-se firme contra a Ditadura Militar e fez coro pelo retorno das eleições diretas, nos anos 1980. Estas, segundo o vereador Sílvio Dias (PT), são algumas das lutas, históricas, das quais participou o Sinpro-Ba, Sindicato dos Professores no Estado da Bahia, que completou em 3 de março 60 anos de atividades. O fato mereceu uma sessão solene na Câmara de Feira de Santana, promovida por iniciativa dele e do seu colega de partido Professor Ivamberg. Na mesma noite, o Legislativo e o próprio sindicato homenageram ao professor Marialvo Barreto, um dos principais quadros desta entidade no Estado. Em sua reação à Ditadura – a entidade nasceu em 1963, véspera do Golpe Militar – o Sinpro sofreu intervenção do Exército, que colocou um representante em sua direção, o que aconteceu temporariamente, conforme lembra o homenageado Professor Marialvo.
Sílvio observa que o Sinpro, em sua longa trajetória, defende não apenas uma classe, mas também “aos que tem desrespeitado o direito à educação” e, ainda, bate de frente contra o poderio econômico, razões de seu reconhecimento pela sociedade. Filho de professora, o patrulheiro aposentado da Polícia Rodoviária Federal e advogado disse que, embora tenha estudado a vida inteira na escola pública, jamais desconhece a importância do trabalho dos professores que atuam na rede particular, para o “objetivo final”, que é proporcionar educação a todos os segmentos.
IVAMBERG: AREDE PRIVADA NEM SEMPRE OFERECE BOAS CONDIÇÕES SALARIAIS, ESTRUTURAIS E ATÉ MATERIAL PEDAGÓGICO
Professor de formação, ex-coordenador do Núcleo Territorial de Educação na região de Feira de Santana e atualmente membro da Comissão de Educaçaõ da Câmara, o odontólogo Ivamberg Lima diz que, na escola particular, assim como na pública, também não é fácil, são vários os percalços. Nem sempre, salienta, a rede privada nem sempre oferece boas condições salariais, estruturais e até material pedagógico. É diante deste quadro que se vê, segundo ele, a importância estratégica do papel do Sinpro-BA e de suas regionais, que “atuam destemida e fortemente no combate a estes problemas”. O esforço do professor, qualquer que seja a institução onde esteja lecionando, observa, é proporcionar ao aluno o melhor lugar possível para ele aprender”. Ivamberg tem o conceito de que “a gente (o professor) escolariza, ajuda a família a educar e não existe educação em que família não participa, tem que ter parceria”.
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